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sábado, 3 de abril de 2010

DOS ATRIBUTOS DA ALMA E DA EXISTÊNCIA DE DEUS

1. A alma que habita o homem
Ainda pouco se sabe a respeito da alma e sua existência é posta em dúvida.
Para os mais diversos segmentos religiosos a alma seria composta de matéria sutil, porém matéria, abrigada no corpo físico num envoltório de natureza eletromagnética, o perispírito, e de certa maneira ligada ao cérebro, e aí, alguns arriscam, junto à glândula pineal.
A alma é imaterial, espírito encarnado presente no ser humano - ou até mesmo em todo ser vivo, desde a concepção, com significado maior de 'sopro de vida' ou aquilo que anima o ser existente.
Alguns estudiosos sobre a alma humana, talvez a maioria, identificam-na inteligente e individual, evolutiva, numa só existência ou em múltiplas reencarnações. 
Imortal, ela se desprenderia do corpo carnal por ocasião da morte física.
Correntes reencarnacionistas entendem pouco o tempo de uma só existência terrena para a alma evoluir, assim a necessidade da reencarnação para o aperfeiçoamento da alma ou sua condução à perfeição.
Os autores não compreendem por qual razão a reencarnação dentro da máxima o 'evoluir é preciso' até a perfeição, afinal, até onde chegaria tal condicionante? Porventura a criatura chegaria, algum dia, ao mesmo patamar do criador?
Outros especialistas entendem que a alma, própria do homem, é espiritualizada porém desligada de Deus, pelo pecado original, podendo no entanto ser religada ao criador através de Jesus Cristo, a bastar tão somente aceita-lo como legítimo salvador, no caso cristão, ou que outro meio haja por religiões diversas, em apenas uma vida de poucos decênios. 
Os católicos acrescentam, à passagem terrena única, o purgatório, onde a oportunidade de algum tempo acrescido para a purificação espiritual da alma até sua total remissão, embora o purgatório hoje já não esteja tão em voga. O purgatório, de certa maneira, anula a necessidade reencarnatória terrena.
Nestes considerandos, a alma precisa de um caminho destinado à salvação, por um intermediário salvador ou às penas da reencarnação. 
Os espiritualistas avançam: a alma se enquadra na lei da reciprocidade, em diferentes condições e lugares para a evolução, incentivando sempre a prática do bem, certas práticas meditativas e de contemplação, sem abolir a reencarnação todavia atenuando os resgates.
As explicações sobre a alma geram mais dúvidas que esclarecimentos. 
O pensamento, a inteligência, as qualidades morais e a consciência seriam atributos da alma. 
A alma, pensante e de vontade própria, com capacidades em influenciar o comportamento humano e até o condicionamento físico saudável, seria uma individualidade independente do corpo físico.
No entanto, segundo todas correntes religiosas, a alma está sujeita aos efeitos externos das práticas pessoais, como os atentados às regras da moralidade e dos procedimentos, aliás seus próprios atributos, em flagrante contrassenso, afinal a matéria, como corpo físico destituído de pensamento e vontade, não pode prevalecer sobre a alma.
Ora, a moralidade e certos procedimentos são peculiares a cada nação, com seus usos e costumes associados à cultura. 
As próprias regras bíblicas têm diferentes interpretações humanas, mas, no geral, o procedimento da alma está sujeito à lei divina, e nesta o céu ou o inferno por destinação final – horrível. O espiritismo, mais complacente, oferece o conforto oportuno de sucessivos retornos carnais à alma, até sua perfeição, ou seja, às faltas cometidas numa existência outras vindas lhe são dadas para expiações, ainda que sob formas de dificuldades diversas, como sofrimentos físicos e psíquicos [mentais?], no entanto sem retrocessos. 
Exemplo fácil, um profissional de saúde pode perder o direito ao exercício da profissão ou a cassação do diploma, por motivos diversos, mas não o estudo adquirido.
Apenas o homem, dentre os animais, tem a consciência da vida e da morte, mas nenhuma de suas propriedades físicas tem relação com o pensamento, sendo este um atributo da alma, melhor compreendida se liberta das religiosidades e filosofias afins. 
O assunto pode ser melhor compreendido em Enfoques (...).

2. Glândula pineal - onde a ligação da alma com o corpo físico
Desde o Século III AEC, pelo que se tem conhecimento, o homem já estudava a glândula pineal, procurando entender suas possíveis atuações no organismo, já subentendia como a casa da alma, e segundo Rene Descartes (1596–1650), a alma humana tem morada na pineal, um órgão de funções transcendentais.
A epífise neural, ou simplesmente pineal, é uma pequena glândula endócrina, no formato de uma pinha – daí o nome, presente em todos vertebrados, situada próximo ao centro do cérebro, entre os dois hemisférios, que secreta a melatonina, um hormônio derivado da serotonina, que atua na modulação do ritmo circadiano – ciclo biológico dos seres vivos – no padrão sono / estado vígil, nas regulações das atividades sexuais e de reprodução, e nas funções sazonais, entre outras ações.
O efeito da luz sobre a retina parece inibir a pineal, através do hipotálamo, ou seja, a melatonina é liberada quando escuro e inibida pela claridade.
Alguns estudiosos entendem a pineal como órgão vestigial, sem qualquer função específica, com tendência à progressiva calcificação após a puberdade. Para outros, tal glândula apresenta intenso metabolismo no organismo e também fonte de substâncias como o fósforo e o iodo, além do aminoácido triptofano que atua no sistema nervoso central, para alívio natural da depressão e do estresse, melhorias no humor e na regulação do sono, além de atuação imunológica – em estudos. 
Para muitos, e isto num crescente atual, na pineal encontra-se a ligação entre a alma [mente] e o corpo, qual seja, a interação matéria/espírito. Pela sua localização e formato – para os metafísicos em forma de olho e não pinha, a glândula é comumente denominada de 'terceiro olho', que pode ser acionada, por excitação, para contatos e fenômenos extrafísicos, no universo multidimensional. 
A pineal é o modismo dos místicos e existem até massagens para melhor ativação ou descalcifica-la. Segundo as diversas correntes espiritualistas e tantos trabalhos disponíveis na internet, o portador de Alzheimer teria calcificação mais acentuada na glândula; e trabalho atribuído a Jenniffer Luke (Luke J. Ph.D Dissertação da Faculdade de Ciências Biológicas da Universidade de Surrey, Reino Unido, 1997, http://www.slweb.org/luke-1997.html), teria demonstrado os efeitos nocivos do flúor [fluoreto] que se acumula na glândula pineal e afeta sua fisiologia durante o desenvolvimento da criança.

2.1. Da sobrevida consciencial
Trata-se, sem dúvidas, da mais enigmática das questões, onde toda e qualquer opinião, seja ela científica ou religiosa, está e estará sempre sujeita às controvérsias.
Existe sobrevida consciente do homem em algum lugar além-túmulo?
Para muitos a morte física não significa aniquilamento total do homem, pois que a energia mental sobrevive à matéria, e até mesmo esta, ainda que decomposta, de uma maneira ou de outra, sobreviverá em alguma coisa, em algum lugar dentro do universo, do qual nada pode escapar.
Nesta compreensão, impossível qualquer materialista refutar cientificamente tal posição; senão uns e outros, mais sustentados nas convicções ateístas, que não discutem o assunto porque simplesmente não acreditam, religiosamente, na sobrevivência da personalidade metafísica do homem após a morte terrena. Para uns e outros incrédulos até se pode conceber um corpo sem pensamento, mas jamais um pensamento sem corpo, uma teoria expressa em 'A Morte, de Maurício Maeterlink'.
Com razões e de fato, manifestações exteriorizadas da mente ocorrem mediante acionamento de um órgão, no caso o cérebro. Destarte, como poderiam tais manifestações ocorrer, estando decomposto o cérebro, sua fonte original?
Numa primeira análise percebe-se, ainda que distintos o corpo e a mente, que todas as evidências de paranormalidades comprovadas ocorrem a partir de organismo vivo; mesmo nos casos de redivivos, onde a existência física ainda se encontra presente, ou seja, sem a higidez cadavérica.
As manifestações de possíveis desencarnados, dentro dos mais variados estados fenomênicos, dão-se aos vivos, com as presenças ou sempre através dos vivos, pelos sensitivos / médiuns. Tais ocorrências, por mais verossímeis que possam parecer, não trazem a verdade científica necessária para comprovação do eu, daquele outro possível lado ou dimensão. O fenômeno apresenta-se sempre de uma maneira unilateral, pois o daqui é possível provar enquanto que o de lá, apenas conjecturas.
Sobreviverá em algum lugar ou dimensão, a consciência desprovida de um corpo físico ou de um cérebro?
Destarte, os fenômenos paranormais, unicamente em si, não atestam a consciência do 'eu pós-morte'. Também a reencarnação, apesar dos inúmeros casos que demonstram possibilidades de um mundo espiritual, ainda traz mistérios não resolvidos como a abolição da memória no momento reencarnatório, como se ocorrida uma espécie de morte do lado de lá.
Existem casos, e muitos, em que encarnados passam a ter, espontaneamente ou provocados, reminiscências de uma outra existência anterior aqui na terra, como fenômenos duradouros ou não. São relatos interessantes, muitos até resistentes às contra-argumentações, mas que tão somente provam, cientificamente, a capacidade independente do homem aqui na terra e na presente encarnação.
Porque alguns lembram de encarnações anteriores aqui na terra, com espantosas precisões, sejam elas naturais ou provocadas – a exemplos das hipnoterapias regressivas, enquanto quase nada de consistente dizem do lado de lá?
Alguns cientistas demonstram que a kirliangrafia não é apenas um efeito corona – escapes de frequências e voltagens em torno de um organismo vivo, verificando que as oscilações da aura (nos seres viventes) ultrapassam as diminutas variações do efeito corona; e muito menos que seriam elementos oriundos e matizados como forças químico-físicas e mentais, modeladoras e organizadoras do ser.
Sem contestações, apenas informa-se que tais 'comprovações científicas', em quase nada contribui para uma prova definitiva sobre a sobrevivência do da consciência. Contudo cientistas espíritas trazem interessantes refutações aos materialistas, afirmando que à inteligência individual e independente da matéria física, ainda que interligadas e capazes de acionar e moldar elementos físicos e psíquicos, não se pode negar atributos de conservação de memórias.
Considere-se: tudo o que há no ser humano ou que envolve sua formação psicossomática, vem e encontra-se no universo, na natureza (fatos cientificamente aceitos), pois que espírito é espírito e matéria é matéria, acordado no [gnóstico] evangelho segundo João 3: 6.
Afirmam, ainda, os defensores espíritas que a natureza é suficientemente capaz, pelas "características do Modelo Organizador Biológico, MOB, e do Campo Bio-Magnético de ter e produzir os elementos, agregando-os e dando-lhes formas, onde quer que haja condições, necessidade e, porque não, vontade", colocações de conformidade com definições do Dr. Hernâni Guimarães Andrade em sua obra A Matéria Psi.
Já os dualistas, como contestadores do materialismo, demonstram que para a ligação mente e corpo, ou seja, a homificação ou fusão psicossomática, faz-se preciso elo de união, sendo tal extraído do fluído universal e denominado, sobretudo no meio espírita, de perispírito ou psicossoma, pelas ciências.
Este fluído tomado para revestimento do espírito ou alma, faz-se dos elementos constitutivos do mundo onde o espírito irá encarnar ou habitar - cohabitar; apenas o espírito traz atributos e os princípios para a vivência terrestre.
Nestes choques de posições, observa-se que os princípios e atributos espirituais, como a inteligência, o livre arbítrio e a vontade, adentram no ser humano ainda embrionário e nele se manifestam, independente da matéria física e, uma vez finda esta matéria, pela morte, o espírito retira-se com o seu invólucro, indo para uma outra dimensão, mantendo-o enquanto perdurar seu vínculo ao planeta.
O espírito desencarnado conserva seus atributos, princípios e faculdades, somados às experiências adquiridas quando encarnado, porém livre das limitações que a matéria lhe impõe, porque se tal não ocorresse – aqui um contorno científico e religioso, não haveria evolução e muito menos necessidade da encarnação. O não recordar de vidas passadas justifica-se que, se tal ocorresse, o indivíduo estaria tolhido do livre arbítrio, alem de danos personais que poderia sofrer – uma quebra das regras da espiritualidade.
Admitindo, portanto, uma personalidade extrafísica no homem, que o torna diferente das demais animalidades e seres, é inadmissível que aquelas qualidades não se conservem inteligentes após a morte física.
A consciência, portanto, sobrevive do outro lado, esteja este lado onde estiver.
E, assim, se chega a Deus, à sua existência ou não, embora a necessidade em estabelecer qual esse Deus, e, para entende-lo, há que se promover um retorno ao princípio dos tempos, quando o homem fez nascer e cultuar suas divindades.

3. Da real existência de Deus
Não se trata de algum deus, figura religiosa de todas as culturas, com seus mitos e lendas. A esse deus religioso poder-se-ia, sem dúvidas afirma-lo criado à imagem e semelhança do homem, por certo um clã poderoso humanamente divinizado, com seus espíritos sagrados, com suas forças sobrenaturais.
Importa no presente estudo a força geradora de todo o incomensurável [universo] conforme conhecido e gradativamente descortinado, eterno desde sempre, de princípios inteligentes – o homem assim o concebe, regido por leis de causas e efeitos, em inumeráveis combinações, destruindo e criando sempre, sem cessar.
Tudo no universo, pelo que se conhece, é fluído 'energético' invisível, a preencher o espaço cósmico, de plasma, o quarto estado da matéria, onde a materialidade existente é apenas a exceção que muito recentemente vem se formando, pouco mais ou menos que uma dezena e meia de bilhões de anos, da forma conhecida.
Se desse estado plasmático a materialidade está se formando, ou do qual já se formou, é porque houve uma ocorrência da energia transformar-se em massa, e isto não é teoricamente anticientífico, por fundamentação em Einstein e sua teoria da relatividade.
Ora, se a energia psíquica existe, seja ela uma derivação energética advinda da força universal ou a própria, ela encontra-se no homem, comprovadamente. Daí, se tal energia sobrepõe-se à matéria formada no universo, com elementos dele, ousa-se, então, a emanação de um princípio inteligente.
Entenda-se: se esta energia – princípio inteligente age sobre a matéria, caminha através dela e a ela se sobrepõe em todos os efeitos, ou ela é tomada de uma força maior geradora ou volições dela. Ainda que essa energia fosse produzida única e exclusivamente pela química cerebral, ou dos disparos dos neurônios, nem por isso deixaria de pertencer ao universo e dele fazer parte.
Sabidamente, essa energia é força que se integra ao homem, tornando-o diferente e especial, com elemento homificador, trazendo personalidade distinta e independente, com respectivos atributos, princípios e faculdades, evolutivas no homem, por excelência, que não morre com a morte física determinada, antes sim, retorna ao ponto de onde saiu, mantendo plena consciência de seu todo, acrescida das experiências adquiridas na existência carnal.
Destarte, o corpo físico é descendente de antepassados e geneticamente determinado, porem não existe apenas por eles e sim em função do universo que lhe deu a galáxia, o sol e a terra com todos os seus componentes ideais ao surgimento da vida, pois que sem elas nada existiria (Félicien Challaye, Pequena História das Grandes Religiões, IBRASA, 1.967).
Disto, então, concebe-se uma energia-consciência como força geradora, fonte ilimitada em força e grandeza, a trazer em si todos os componentes de matérias primas como substância cósmica e, portanto, universal; algo existente por si, desde sempre, a quem não se pode determinar origem, até nova ordem.
Ela, energia-consciência, simplesmente existe e em tudo determina os ciclos de vida: surgimento, criação, amadurecimento, morte e renascimento, como processos dinâmicos, contínuos e evolutivos.
Na equação de Einstein: E = m c2, tanto a energia pode produzir a matéria quanto esta se fazer energia, sendo que a exceção física, materializada do todo universal compõem-se das mais elementares partículas da condensação da energia. 
Essa primariedade materializada, traz em si algo de aproximadamente cem bilhões de galáxias, até novas descobertas ou efetivação de números, agrupadas em pelo menos vinte aglomerados, possuindo cada uma delas, bilhões e dezenas de bilhões de estrelas, umas e outras estimadas em torno de quatrocentos bilhões; e estas galáxias acham-se separadas uma das outras a uma distância média de um milhão de anos luz.
A Via Láctea, demonstrada por Bart J Bok (A Via Láctea, na obra A Nova Astronomia – A Nossa Galáxia I, publicação pela IBRASA, 1959), tem cem bilhões de estrelas, sendo necessários cem mil anos luz para atravessá-la, na velocidade da luz, um modesto diâmetro calculado em novecentos e cinqüenta quatrilhões de Km.
Não é necessário, para este trabalho, avançar tão astronômicas observações, em razão dos objetivos propostos, pois que as grandezas aí estão, incontestáveis, longe de uma estabilidade.
Nisso tudo o universo não se acha uniformemente distribuído, e muito menos se constitui num reino de calmaria, antes sim, apresenta-se tremendamente turbulento, com terríveis perturbações magnéticas, vibrações eletromagnéticas, revoluções de corpos, constantes nascimentos e mortes sem fim, hoje expansionista, mas talvez amanhã, daqui há bilhões de anos, entre num processo de comprimir-se, para depois novamente, dilatar-se.
O nascido russo George Gamov, catedrático de física teórica na Universidade de Washington – DC / EUA, afirma que sem a turbulência cósmica nada do que se conhece no universo, seria como é, e nada haveria do que existe (Turbulência no Espaço, na obra A Nova Astronomia / Forma Dinâmica do Espaço II).
Para o universo ser como está, são necessários ordenamentos interativos de todas as agitações, atrações e repulsas para organizações dos mundos, onde os mais simples átomos de materialidades têm que obedecer direções inequívocas de percurso, e não tender para estabilidades, senão das precisões matemáticas, que se ajustam inteligentemente, para que seja regida a ordem no caos. Se não fosse assim, nada seria assim – provérbio simplista ao mesmo tempo em que profundo.
Existem coerências nas disposições cósmicas estabelecidas, nas precisões matemáticas, nas leis físicas definidas, nos trajetos astronômicos e nas forças operacionais contínuas, com destruições e formações, além dos muitos outros e mais. Pode ser tudo isto e os quantos mais consequências de uma explosão big-bang?
Se tudo fosse assim simples, ter-se-ia de questionar o antes do big-bang; mesmo partindo dele, pois que haveria um único caminho, na e após desordem e caos inicial, que são a estabilização mais ou menos imediata, numa situação em que as leis não se estabeleceriam e muito menos as precisões e turbulências, e tudo se faria estático, inanimado e com tendências à decomposição.
Mas não é isso que se verifica: explosões continuam e continuarão, com mundos que se caçam e outros que se formam em complexos vibratórios, interativos e interreativos, da matéria na antimatéria, ou desta naquela, em dinâmicas e contínuas transformações de energias em massas e massas em energias, de onde, nascendo matéria de energia por condensação, evoluem-se condições em revivências, tantas quantas necessárias, porem jamais idênticas, para o abrigo da vida, como o homem a concebe, embora não necessariamente porque, a própria razão de acontecer é, por si, vida em cujo vértice manifesta-se a consciência/energia.
Estas existências no universo, estabelecidas em leis cujos valores são precisos, nos ciclos bilenares ou eternos, em que o universo sempre caminha, a Via Láctea fazendo seu percurso, o sol sempre no seu curso e, neste, a terra em seu destino, voando espaço afora numa velocidade média de cento e sete mil quilômetros por hora, com todos seus movimentos, oscilatórios, rotatórios, translatórios e ondulatórios entre outros, estritamente dentro dos ordenamentos matemáticos, princípio da 'Lei de Bode', sem jamais passar pelo mesmo lugar uma única vez, mas sempre a seguir seu caminho.
Concebe-se, então: No princípio era a Energia-consciente, pois, que de outra maneira seria?
E, dessa energia-consciência, partículas luminosas foram e são geradas, de tremenda grandeza que por si se capturam na gravitação, cujos princípios determinados, ordenados e inteligentemente direcionados no cosmos, no éter, no plasma, ou no grande abismo, para surgir luz.
Ao acontecer a luz, a foto-química fez-se presente, como fótons no 'espaço vazio' nas reações químicas da luz, onde os prótons e elétrons, como sub-partículas atômicas atraindo-se para originar  átomos de hidrogênio na forma de nuvens flutuantes que, reunidas, tornam-se coesas nuvens de gazes e pó.
As gigantescas nuvens se encontram e as nebulosas acontecem: a força da gravidade comprime os átomos, para provocar um super aquecimento, e são violentas as colisões atômicas, as primeiras explosões dos átomos de hidrogênio, para surgir o plasma das partes positivas e negativas, cujos fluxos dessas reações, quando amortecidos, evidenciam dois gazes distintos: um de prótons e outro de elétrons, ressaltados ente si. Naturalmente a compressão gravitacional traz como consequência o aumento considerável da temperatura que, ao entrar no ponto crítico, provoca esmagamento dos prótons, fundindo-os em combinações diversas, formando novos gases que são as estrelas.
O equilíbrio das forças, centrífugas e centrípetas, dentro de uma explosão termo-nuclear, estabelece uma força gravitacional que atrai para o centro dos resíduos da explosão; as dimensões estabilizam-se quando a gravidade se torna superior à pressão da luz.
Formam-se as galáxias, umas com quantidades maiores de gazes e poeiras, enquanto outras se fazem em proporções menores, denominadas de espirais e elípticas, respectivamente; no interior das primeiras, dado incríveis movimentos, colapsos, outras estrelas se formam.
Este big-bang inicial, advindo ou não de um big-crunch - hipótese admitida por alguns especialistas, ou, ainda, no seu princípio como ensejam outros, a continuar ainda nos dias atuais, expandindo-se ou não, encolhendo-se, ou também não, numa marcha quiçá por toda a eternidade.
Dos seus corpos produzidos, forma-se a separação entre os fótons e a matéria propriamente dita, estabelecendo-se campos energéticos que atuam como núcleo de condensação, separando as grandes galáxias.
Cada galáxia é uma história e cada estrela tem a sua, princípio e fim na eternidade dos tempos, sendo o fim a origem de novos começos, posto, apenas a exemplificar, do colapso de uma estrela e sua explosão criam-se ou formam detritos, e novos círculos principiam.
Compreende-se, então, o princípio: a energia-consciente a gerar luz, desta as partículas atômicas, de onde os gases e as poeiras cósmicas que formam as estrelas, de cujos aglomerados acontecem as galáxias. e das grandes explosões estelares formam-se os planetas e outros corpos celestes.
Assim foi com a Via Láctea, a formação do sol e o surgimento de seus planetas com as demais extensões; evocando Allan Kardec na sua Gênese: 'a matéria cósmica primitiva encerra os elementos materiais, fluídicos e vitais a todos os universos'; e depois, no decorrer de centenas de milhões de anos o universo a definindo suas formas, num ritmo expansionista, com novos mundos que surgem e aqueles que desaparecem, condições necessárias para a sobrevivência dos que ficam ou nas formações de outros, por rotina e eternidade dos tempos. 
'Do universo nada se perde, tudo se transforma', ou um buraco negro a massacrar e engolir mundos – matéria para, ainda não sabe, de seu outro lado gerar um universo diferente, de antimatéria.
Contempla-se o sol, razoavelmente jovem se comparado a outros sóis, como estrela que é, cuja temperatura suficiente para reações nucleares entre os gases, gerador dos planetas que o circundam, dede seus tempos de infância, entre os quais a terra.
Sem dúvidas, visão mágica o nascimento da terra e esta à procura de sua identidade na imensidão do universo, formada de detritos do mesmo universo, e que a ele se reverterá, um dia, na mesma forma de detritos.
A terra recém surgida, cambaleante em torno o sol, ritmos descompassados, afirmando-se dependente do seu gerador e mantenedor vital.
Há quase cinco bilhões de anos a terra estava em formação, com os evidentes traços de sua origem, matéria ígnea e disforme, cujo núcleo central revestido de matéria condensada, enfrentando terríveis turbilhões, choques inevitáveis de outros corpos celestes, girando em torno do sol e de sua geratriz, como um imenso esferoide,
Das grandes convulsões experimentadas pela terra, originada pelas suas próprias energias aliadas às recebidas do ainda jovem sol, nas combinações químicas dos elementos mais simples formando os compostos.
No processo de resfriamento a terra foi obteve solidificação de sua crosta e, com a irradiação de seu calor aos poucos esfriando sua superfície, formando rochas de granito e outras como o protógino; dos aglomerados de quartzo, o feldspato, o schorl preto, talco e a mica, dentro da 'Teoria de Couvier', por Césare Cantú, História Universal.
Densos vapores encobriam a face da terra, dando a ela a escuridão, crosta ainda não solidificada, deixando escorrer o magma por entre as fendas.
Das múltiplas combinações, da matéria incandescente, do esfriamento gradual, surgiu a água em forma de vapor, quando não trazida por cometas primitivos em choques com a terra, onde o ar ou atmosfera ainda impróprio à vida. Todas as matérias hoje conhecidas na terra, e aquelas a descobrir, certamente achavam-se nela, em estado volátil.
Dos corpos compostos forma-se a atmosfera: vapor de água como combinação de hidrogênio com oxigênio; do carbono com o hidrogênio surge o metano; nitrogênio e hidrogênio trazem amônia; enquanto o oxigênio e carbono produzem o dióxido de carbono. 
Da atmosfera primitiva, uma abóbada d’água de imensas proporções, a circundar a terra, a protegê-la dos raios solares.
O resfriamento da terra durou estimados quinhentos milhões de anos, e ali formados os escudos, as placas rochosas, unidos em toda extensão para o globo, marcados por imensas fossas/fendas, em constantes choques e soerguimentos múltiplos, com uma atmosfera ainda primitiva e o cinturão de águas condensadas como escudo protetor.
Corpos celestes avariados chegando à superfície, os raios cósmicos vencendo as trevas e incidindo na abóbada, rompe-se então o grande cinturão e as águas inundam a terra, preenchendo as fendas, arrastando de sobre a superfície elementos compostos, sais minerais, formando rios, lagos e oceanos.
Com a incidência maior das radiações solares, denominadas de eletromagnéticas, das descargas atmosféricas agindo sobre elementos compostos, provocaram combinações variadas, originando os aminoácidos, as primeiras moléculas orgânicas que, com as chuvas, eram arrastadas aos oceanos ainda quentes, onde melhor protegidas dos raios ultravioletas mas, seguidamente bombardeadas pela energia eletromagnética e a da própria terra.
As moléculas acumuladas nos oceanos agrupam-se para as múltiplas combinações, ora se a se repelirem, se subdividindo, e por outras se unindo novamente agregadas por outros [novos] componentes. Deste jogo surgiram capacidades de reproduções variadas, estando ou entrando em ação os ácidos desoxirribonucleicos, surgindo nas águas os pólipos, trilobitos, moluscos, mandríporas, algas, líquens, musgos e fetos, alimentando-se dos raios solares e sais minerais.
Acontece a fotossíntese, os carboidratos, a liberação de oxigênio pelos primeiros vegetais, que servem de alimentos aos seres marinhos que assimilam o carbono dos carboidratos, liberando dióxido de carbono para os vegetais.
O oxigênio excedente, pelas condições amplamente favoráveis, transforma-se em ozona, formando uma camada em torno da terra, impedindo a forte penetração dos mortíferos raios ultravioletas.
De processos de balanceamentos da terra, levantamentos e rebaixamentos de rochas e dos choques com corpos celestes, tremores de terra e maremotos gigantescos, que projetam na superfície terrestre algumas formas de vida formada nos oceanos ou mares, para as adaptações sob pena de morte. Alguns dos primeiros seres - animais e vegetais marinhos - adéquam-se à superfície onde, sob nova dinâmica estrutural, em diversidades climáticas, atmosféricas e cósmicas, evoluem para espécies diferentes.
A terra transforma-se num imenso laboratório de seres vivos, como origens das espécies, até mesmo dando às possíveis oriundas de outros locais trazidas pelos corpos celestes. O planeta ainda jovem, suas variações são sucessivas, os agitamentos constantes, mutações climáticas, chuvas abundantes, superfície sempre bombardeada pelas 'coisas' que vinham dos céus; combinações moleculares ainda acontecem, onde algumas se associam às complexas já existentes, numa época em que as proteções quanto aos raios solares e cósmicos ainda não eram tão estáveis e seguras.
Tudo isto favorece ao gigantismo das espécies, surgindo os grandes monstros marinhos, os grandes anfíbios, e as enormes florestas, contudo sempre dentro de uns ciclos mais ou menos rápidos, dados às instabilidades então reinantes, mas que transmitem aos descendentes futuros, capacidades de adaptações ao meio. A crosta terrestre avoluma-se com restos de vida, ganhando novas consistências, propiciando novas condições de vida em evolução.
Na Era Mesozóica, durante os períodos do Jurássico e Triássico, os continentes eram um só bloco, por isso o nome Pangéia, ou seja, Pan – único e Geia – bloco de terra, homenagem mitológica grega à união de Pan – o alegre deus da fertilidade, com a jovial deusa Geia [Gaia] – a personificação da terra.
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NOTAS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRISSAUD Jean-Marc, As Civilizações Pré-Históricas – O Homo Sapiens no Resto do Mundo, Otto Pierre Editores, Rio de Janeiro, 1978, páginas 157. 
RODRIGUES José Manuel Costa e MORAIS Wladimir Teobaldo de, Biociência - Genética, Evolução, Ecologia, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1978, páginas 137/138. 
NETO Ricardo Bonalume, EUA: Geólogos debatem qual teria sido a porta de entrada dos primeiros homens no continente; publicação de 05/janeiro/2004 pelo Jornal da Ciência, Órgão da Sociedade para pó Progresso da Ciência – SBPC.. http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=15267. O autor escreve para a Folha de SP
VEJA Arquivos - Revista: Os Paleobrasileiros - Reportagens, edição de 14 de abril de 1996.
DICIONÁRIO AURÉLIO, Século XXI. 
GUINDON Niède, defende que a ocupação humana da região tem cerca de 50 mil anos,, conforme página http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=10723
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