ADVERTÊNCIA

Protected by Copyscape Duplicate Content Detection Software

sábado, 3 de abril de 2010

ELEMENTO CIVILIZADOR GLOBAL

O primeiro humano, até segunda ordem, é africano, enquanto a Suméria a primeira grande civilização, do 5º ao 2º milênio AEC, na Mesopotâmia, território em forma de lua entremeio ao Tigre e Eufrates, por isso a denominação Crescente Fértil.
Não se sabe, com exatidão, a origem do povo sumeriano, pressupondo-o descendente de grupo Nilota [África Oriental] que, após longa peregrinação pela região do Kuzesquitão (Cazaquistão), sudoeste do atual Irã, aonde se misturou com o Elamita [predominante] antes de instalar-se ao sul da Índia (7500 AEC), entre os rios Narmada e Mahanadi, para dominar tribos Munda que vivia o neolítico, ainda nômade sazonal como coletor e caçador, que se tornou então sedentário, aprendeu o pastoreio e evoluiu até a condição de agricultor, já como povo proto-dravidiano, conforme atesta vocabulário e gramática do antigo elamita cognado com o munda para o drávida.
A presença Nilota/Elamita em subcontinente indiano é comprovada, também, nas tribos Brahuis e Gondis - grupos isolados de ancestralidade proto-dravídica. O povo Munda é originário do nordeste da Índia.
Por analogia, quanto às formas linguísticas locais aplicadas para acontecimentos históricos ou lendários, identificam-se os invasores Nilota/Elamita denominados Adima, ou seja, o primeiro em chegar - aquele veio ou chegou de determinado lugar, enquanto o Munda subjugado na região entre rios [Narmada e Mahanadi] se uniu ao Adima na condição de Hevakin, vocábulo sânscrito com significado de povo unido [devotado a] do radical Hava/Heva [devoção/oferenda sacrifical]. Adima, mais tarde transformado em Adapa na mesopotâmia, se tornou o Adão bíblico, enquanto Heva hebraizada se chamou Eva [Vida].
Dentre os lavradores e pastores do sul da Índia se destacou um segmento que a si mesmo denominava Sag-gi-ga - 'Povo de Cabeças Negras', o que nos faz presumir uma classe que cobria a cabeça com mantos negros [capuz]. Essa sociedade designava sua habitação [posteriormente sua terra] de Ki-en-gir com o significado de 'Lugar dos senhores civilizados', ou seja, daqueles que detêm conhecimentos e domínios das técnicas para desenvolvimentos ou aprimoramentos por diferenciação social, divisão do trabalho, urbanização e concentração de poder político, econômico e eclesial.
Apesar do relativo isolamento geográfico do sul da Índia, para a época, as sociedades ali fixadas apresentavam progressos e desenvolvimentos maiores que as populações das demais regiões indianas, em causa das influências dos 'Sag-gi-ga', uma questão ainda não totalmente fechada.
De princípio não se pode apontar o 'Sag-gi-ga' como classe sacerdotal ou alguma fraternidade; quando muito um grupo de observadores das fases da lua, o comportamento do mar, as cheias e baixas dos rios; o decorrer do dia através das posições do sol, as movimentações dos corpos celestes, as estações que se repetiam de tempo em tempo, o reconhecimento das alternâncias meteorológicas, os tipos de vidas animal e vegetal em diferentes ambientes, as variedades de solo e suas propriedades, o valor da água e a fertilização da terra, melhores tempos de cada tipo de semeaduras e respectivas colheitas.
Com o decorrer dos tempos, ou, à medida que se constatavam as regularidades cíclicas por métodos associativos, tornou-se mais eficiente prever acontecimentos naturais para o período seguinte, sabendo a melhor época para o plantio de qual espécie, ou qual melhor tipo de terreno para as variedades vegetais, além do aproveitamento das águas dos rios e da chuva, portanto uma combinação de dados para melhor interação com a natureza.
Igualmente através de observações entendiam o ciclo da vida humana e muitas de suas doenças, bem como as reações aos experimentos curativos e a morte; também a compreensão, melhor possível, da natureza humana, o emocional, o sentimental, o raciocínio, a inteligência, a memória, e as deparações inevitáveis com subconsciente e o espiritual.
Os 'Sag-gi-ga' foram homens que saíram do povo para se tornarem dominantes, sabendo explorar o medo natural humano do incognoscível e o pavor diante da natureza, além daquela curiosidade inata ou tentação em experimentar situações, favoráveis ou adversas.
O homem primitivo realmente temia a natureza quando esta lhe era hostil, ao mesmo tempo em que a admirava nos momentos favoráveis; outro grande temor era a morte. Talvez a maior incompreensão do homem primitivo estivesse no enigma dos sonhos, desconexos por vezes, mas quase sempre a lhe reavivar pesadelos, celebrar alegrias e, inclusive, trazer de volta os mortos, mesmo que por instantes.
Portanto, o saber melhor da natureza e do homem dava, aos observadores 'Sag-gi-ga', destaques perante as demais gentes, porque sem dúvidas se mostravam diferentes e eram vistos assim, desiguais ao comum, por isso mestres, bruxos, místicos, visionários, necromantes, encantadores, profetas, videntes e outras denominações que se encaixam perfeitamente naqueles que sabiam explorar os medos e ansiedades do homem, que sabiam explicar a existência pós-morte e conseguiam contatos com aquele universo invisível, fossem os desencarnados, os deuses, espíritos protetores ou mesmo os malfeitores [malignos], traziam-nos à terra para as mensagens, consultas e realizações.
Os 'Sag-gi-ga' faziam o povo acreditar nas extensões dos poderes que os invocados possuíam, com visão muito mais abrangente das verdades deste mundo, passado, presente e futuro, vez que libertos dos liames da carne, suas limitações e estreitezas. Como excelentes intérpretes, sabiam causar impressionismos e, cada qual à sua maneira, desenvolvia regras e doutrinas mantidas no mais absoluto segredo, para que não perdessem aquela aura de mistérios e encantos, transmitindo seus conhecimentos apenas a algum escolhido.
Esses observadores, individuais ou em grupos, se atraíram para formar uma classe distinguida nas ciências do conhecer e saber, e bem logo compreenderam a arte de governar e manter o povo unido sob dominação, através das imposições, depois pelas regras, leis e tratados, com punições ao descumprimento. Pode-se dizer que, em algum momento, os 'Sag-gi-ga' se uniram como membros de uma confraria, na qualidade de Sacerdotes ou mestres, sob a liderança provável de quem os contatou para aquela formação, certamente posto por 
Sumo Sacerdote ou Grão-Mestre; não se sabe.
Das suposições para a realidade, a primeira grande conquista dos 'Sag-gi-ga' foi transformar tribos nômades em sedentárias, fixa-las em regiões determinadas para as práticas agrícolas e de pastoreio, com a consequente elevação de povoados que, depois, se transformam em cidades. Outra importante realização foi canalizar águas dos rios para irrigar a terra, quando, em que quantidade e para onde queriam; sabiam armazenar água para os tempos de estiagem.
Os 'Sag-gi-ga', sem dúvidas, foram os Sacerdotes ou mestres primeiros dos dravidianos, afinal eles detinham os 'segredos dos deuses', uma longa lista de conhecimentos, do ciclo do plantio ao movimento dos corpos celestes, passando pela cura do corpo humano e o desvendar segredos da alma, através de um conjunto de princípios elaborados por base de um sistema político, social e, sobretudo, religioso. Essa maneira de entender os tantos deuses, interpretar suas vontades e realizar o bem estar humano através de melhor interação com a natureza, faz pensar ter sido suas doutrinas as raízes do antigo hinduísmo.
Aparentemente os 'Sag-gi-ga' não transformaram as prósperas comunidades em cidades-estado, com capacidade de defesa própria ou de união para defesas de interesses territoriais e outros em comum. Também não militarizaram a região ocupada, senão algumas tribos aliadas ou confederadas postas em regiões estratégicas para anunciar chegadas de inimigos, a tempo de preparo para o combate.
Num certo tempo aproximou-se o inimigo, para cooptar uma das tribos guardiãs e adentrar o vale, quase sem resistências, antes de espalhar-se por toda a região, enquanto os 'Sag-gi-ga' coordenavam a retirada de grupos humanos, para uma longa peregrinação pelas costas índicas e do golfo, até a Mesopotâmia, por volta de 5 mil anos AEC.
A retirada ou expulsão dos Adima e Heva [do paraíso entre rios] se fez lembranças tribais na região mesopotâmica, posteriormente acrescidas dos mitos Caim e Abel, lendas ainda hoje integrantes da cultura religiosa do judaísmo e cristianismo, além das presenças marcantes em todas as culturas e tradições espalhadas por todos continentes.
Nem todos proto-dravídicos acompanharam a saga 'Sag-gi-ga', antes se espalharam por outras regiões indianas e em partes da insular Sri Lanka [antigo Ceilão e Taprobana], onde ainda hoje identificados na etnia Tamil. Bem mais tarde no tempo, por volta de 1500 AEC, quando os arianos invadiram e conquistaram o Vale do Indo - rio que corta o atual Paquistão, por lá florescia a cultura dravídica, com notável progresso tido por herança de seus ancestrais do sul da Índia.
A região mesopotâmica em forma de lua crescente deu causa do nome Shinar [a bíblica Sinar] aos novos chegadores, ou seja, habitantes da lua entre os rios, não por coincidência Shinar ter raiz em Sinnu - deus lunar ou deus da lua, divindade maior cultuada pelos conquistadores. O designativo Sumério [do acadiano Shumer], pelo qual posteriormente conhecido aquele povo, diz respeito tão somente à língua aglutinativa de composição e ergativa, diferente de qualquer outra falada na região e circunvizinhança.
Para efeitos práticos adotam-se o sumério, sumer ou sumeriano, como habitantes da Mesopotâmia, entre o 5º e 2º milênio AEC, originários do sul da Índia.
A experiência agrícola e de pastoreio, ao sul da Índia, correspondeu para que a região mesopotâmica, sob domínio sumeriano, igualmente experimentasse a revolução neolítica, ou seja, a sedentarização dos povos regionais que, deixando de ser dependentes dos recursos naturais, se tornaram produtores e pastores, residentes em povoados para a formação dos primeiros centros urbanos.
A agricultura foi bastante eficaz ao sul porque em solo fertilizado pelas inundações periódicas, ou regimes, do Tigre, Eufrates e tributários, além do uso da canalização das águas dos rios, o que obrigou o desenvolvimento de técnicas de engenharia para um complexo sistema hidráulico para melhor utilização dos pântanos, através de drenagens; construções de canais para condução e melhor distribuição das águas em áreas mais distantes e carentes; armazenamento das águas, em açudes, para épocas de estiagem; aterramentos de terrenos, construções de pontes e caminhos de ligações entre as cidades que se desenvolviam.
A região norte, montanhosa, apresentava condições de boas pastagens, situação diferente dos dias atuais, onde a desertificação transformou em muito o panorama, especialmente nos últimos 2.500 anos. Desta região descem os afluentes do Tigre e Eufrates, estes vindos das montanhas da Armênia para o deságues no Golfo Pérsico, depois de banharem o rico platô entre eles.
O progresso agropastoril com a conseqüente melhoria de vida da população atraiu gentes de outras regiões, o que fez aumentar em muito a população e o número de cidades, surgindo outras categorias de trabalhadores, os artesãos, mineradores e, em especial os mercadores que, pelos desertos ou pelo mar, promoviam ativo comércio de excedentes, inicialmente à base de troca, desde à Ásia Menor [extremo ocidental do continente asiático, entre o Mediterrâneo, Mar Egeu, o Mar Negro e os Montes Taurus], Egito e a Índia, onde se estabeleciam colônias -feitorias de caráter estritamente comercial, em tono das quais se desenvolviam núcleos urbanos.
A formação de colônias e feitorias foi a melhor forma de espalhamento sumeriano. Para coordenar sua realização surgiu a organização gentílica com ativo comércio à base de trocas, que se estendia à Ásia menor, ao Egito e à Índia.
Todo este avanço exigiu a formação de um governo organizado, central e forte, sob comandos eclesiais, apoiados em cidades-estado com algum Sacerdote no comando geral, religioso e judiciário, enquanto ao nomeado 'Lugal' [Homem Grande] competia fazer cumprir as leis e regras estabelecidas, controles de produtividades, as arrecadações de impostos, obras públicas e outras atividades administrativas delegadas, além da defesa territorial através de uma estrutura militar eficiente.
Com o tempo o poder civil tornou-se hereditário, quando o Lugal se fez Rei, e em alguns momentos da história de cidades-estado, os poderes se rivalizaram, sem jamais ocorrência de desrespeito do Lugal ou o Rei ao exercício espiritual do Sacerdote, mas quando da chegada dos acadianos, no fim da era sumer, os Sacerdotes estavam alijados do poder e a grande nação à deriva.
O poder organizado e a paz entre cidades-estado facultaram, ainda mais, o progresso interno sumeriano, com surgimento dos ricos comerciantes e proprietários, para encabeçar a sociedade sumeriana junto à população livre, conquanto os escravos, geralmente estrangeiros obtidos em pilhagens, guerras e saques, podiam se tornar livres após determinado tempo de servidão, ou por atos de bravura a favor do estado ou de seu senhor.
O relacionamento exterior, através de suas colônias e feitorias, foi bastante significativo para o desenvolvimento de outros povos, cabendo nisto a visão mercantilista já além das simples base de trocas, fatores importantes para o surgimento da escrita - os primeiros registros de mercados, a matemática para a ordem e estabelecimento de valores, os padrões monetários de pesos e medidas, a aplicação do calendário eficiente para o controle de safras e entressafras locais e estrangeiras, além do estabelecimento e aperfeiçoamento de leis internas e de relações exteriores.
Todo o sistema sumeriano parecia voltado ao sistema econômico que compreendia construções de casas, fabrico de ferramentas para eficiência agrícola e melhor aproveitamento da força animal -montaria, aragem de terra e transportes, a abertura de estradas para trânsito seguro e escoamento de mercadorias, a roda - para agilização do meio de transporte, e demais situações que exigiam novas classes trabalhadoras, como oleiros, marceneiros, fiandeiros, tecelões, condutores [transportadores] de mercadorias, preparadores de conservas [doces, carnes, couros, laticínios, vinhos e azeites], ourives e outros trabalhadores diversos, muitos na arte de equipar exércitos, especializando-se nos fabricos de armas e proteções, tudo enfim de grande importância no processo de urbanização.
Por trás de toda essa estrutura ainda estavam os 'Sag-gi-ga' em seus 'Ki-en-gir', onde concentrados os Mestres que, entre outros atributos, formavam escribas, literatos, matemáticos, médicos, engenheiros, astrônomos, professores, líderes de governo e, entre outros formandos, em algum tempo também os demiurgos.
A história não dá saltos, segundo o decodificador do Espiritismo, Allan Kardec, mas parece ter havido uma exceção, com referência ao povo sumeriano segundo Amar Hamdani ('Suméria, a Primeira Grande Civilização', edição Otto Pierre, 1.978), que ele considera de origem desconhecida e de língua enigmática, ao que Ourssel Masson ('La Philosophie en Orient') diz assemelhar-se apenas ao dravídico indiano e do antigo Ceilão, numa séria suposição que a civilização sumeriana relacionou-se ou era ramo dos dravidianos (Félicien Challaye, Pequena História das Grandes Religiões, Ibrasa, 1967).
Alguns ficcionistas, e mesmo autoridades sérias, apostam em civilizadores extraterrestres para justificar a evolução sumeriana, contudo tais hipóteses ficam em meras especulações, mesmo quando se trata do enigmático e desconhecido 'Planeta X', do nosso sistema solar, que tem merecido atenções de cientistas, como John Anderson, pesquisador da NASA no Projeto Pionner, do Centro de Pesquisas Ames (
Philippe Piet von Putten, Revista Planeta - Editora Três, nº 127, entrevista com Zechariah Sitchin: As Pistas do 10º Planeta).
Os alienígenas do 'Planeta X', em retorno de uma das viagens à Terra, teriam caído no Oceano Índico e, assim, chegado à Suméria onde reverenciados como deuses e chamados Anunnak - Anunaki; a partir deste contato a Suméria teria se desenvolvido de repente, progresso ímpar e de forma espantosa.
Referido 'Planeta X' tem aproximação maior com a Terra e se torna visível a cada três mil e seiscentos anos, por um período que se denomina 'janela aberta', quando se realizam possíveis viagens ou contatos com a Terra.
Aliás, tem sido o próprio Sitchin defensor maior dessa tese, ele que, além de renomado escritor, é um dos apenas quase duzentos homens no mundo que lê e decifra a escrita sumeriana, portanto merecedor de interessante e elucidativa matéria na coleção Mistérios do Desconhecido (Contatos Alienígenas, Abril Livros, 1993).
Para Sitchin, o 'Planeta X' não é outro senão Nibiru, cujas possibilidades de existência foram encontradas nas descobertas arqueológicas sumerianas, em antigas inscrições traduzidas.

Já de há muito, exegetas bíblicos mais avançados têm aventado indícios de que extraterrestres tenham mantido contato com humanos, destacando alguns textos bíblicos como Gênesis 6: 2-4: "Viram os filhos dos deuses que as filhas dos homens (...) [e] os filhos dos deuses se uniram às filhas dos homens".
Porém foi Sitchin quem, com sua autoridade de linguista e estudioso bíblico, estabeleceu neste contexto o surgimento do homem desperto para a civilização, portanto a Suméria, e a origem de sua religiosidade, explicando o livro Gênesis - cópias e adaptações de antigos textos sumerianos, já com roupagem babilônica, na identificação com os filhos dos deuses, ou sejam, os extraterrestres.
Sitchin não é levado a sério por outros estudiosos, que consideram mitológicas as sagas sumerianas, mas a tese é notória, preenchendo os requisitos exigidos para um elemento civilizador universal, embora sua comprovação, se mito ou realidade, somente quando Nibiru, se existente, aproximar-se novamente da terra e possibilitar contatos.
Ainda hoje nenhum telescópio detectou Nibiru, de maneira incontestável, embora especialistas astrônomos atuais confirmem, através do estudo das órbitas de Urano e Netuno, a possível materialidade de um outro planeta, ainda desconhecido, em nosso sistema solar, embora pequeno, mas poderia ser o tal 'Planeta X' conforme Sitchin em entrevista a 'von Putten'.
Os autores SatoPrado não consideram sérias as interpretações do gênero, portanto, excluída a influencia civilizatória extraterrena. Para os autores o povo sumer, com ou sem paralelos linguísticos com os drávidas, surgiu na região da Mesopotâmia entre o 5º a meado do 4º milênio AEC, num encontro com povos nômades e seminômades vagantes pela região, com pouco cultivo, vida pastoril insipiente, valendo-se dos artefatos em pedras e alguns poucos utensílios talhados.
A fixação sumeriana não encontrou resistências e, de forma tão súbita quanto seu aparecimento na região, determinou uma vida sedentária, instalando cidades, irrigando campos, criando uma vida social sem precedentes e regrada pelo direito, incremento às artes - em belas esculturas, aplicando um sistema inteligível de escrita - primeiro no mundo, as regras numéricas e matemáticas, estudos e tratados de astronomia, práticas e avanços das ciências médicas, desenvolvimento da ciência militar, e uma engenharia arquitetônica revolucionária, princípio dos arcos nas construções.
Apesar dos tantos avanços comprovados, os especialistas consideram a literatura sumeriana bastante pobre, a despeito dos seus personagens e contos, posteriormente plagiados e adaptados, dar vida aos deuses formadores do mundo, da terra e tudo que nela há, inclusive o homem com suas religiões e histórias de origens observáveis em todas as culturas, com influências nos usos e costumes, na moral e regras sociais, além dos avanços técnicos e de estudos.
Se a literatura sumeriana não foi das mais ricas, dela, no entanto, se destacam as Mitologias da Criação, do Dilúvio e de seus Deuses, juntamente com outras narrativas épicas, todas emersas sob manto babilônico e assim postadas na Bíblia Judaica, noutros Livros Sagrados e/ou nas tradições orais de toda a humanidade.
Os sumerianos não tiveram literatura sagrada propriamente dita, nem ao menos legou à humanidade o seu sistema religioso definido de crença, porque não o tinha; contudo sua visão metafísica penetrou tão profundamente nos povos circunvizinhos, que é impossível não identificá-la nas civilizações que lhe sucederam e naquelas que posteriormente se formaram.
Apesar de todos os avanços da Civilização Sumeriana, não foi ela aquilo que se pode denominar de elemento civilizador universal cultural religioso, quando muito reconhecida a sua importância na formação dos povos regionais, a partir dos seus sucessores imediatos no Crescente Fértil, os acadianos e babilônios, além dos circunvizinhos egípcios, fenícios, palestinos e semitas em geral.
A influência sumeriana regional é inquestionável, suas lendas de cunho místico ou, religioso, estão entre aqueles povos que adotaram os mesmos deuses, posteriormente com adaptações locais, com as mesmas representatividades antropomórficas, à exceção do Egito [e sua extensão africana] cujos deuses tinham, quase sempre, representações antropozoomórficas.
A Suméria, apesar de não ser ela a nação civilizadora universal, sem dúvidas foi o berço cultural da humanidade e, assim, a responsável primária pelas tantas similitudes originais histórico-religiosas encontradas em todas as tradições extintas e atuais.
Porque a Suméria o berço civilizacional e religioso da humanidade?
Pela razão única que eles inventaram a escrita e souberam colocar como suas as visões metafísicas dos povos com quem manteve contatos, ou daqueles que ouviram falar dela.
Se a Suméria sabidamente não se lançou aos mares com tanta ousadia, nem se meteu em viagens transoceânicas, como fez chegar seus elementos religiosos aos outros povos tão distantes?
Pelos fenícios, povo de origem semita, originário das costas setentrionais do Mar Vermelho, com presença certa na mesopotâmia onde fortemente influenciado pela cultura sumeriana, antes de migrar para uma estreita faixa de terra onde atual Líbano e pequenas porções da Síria e Israel, num território apertado entre o Mediterrâneo e as montanhas, estando no litoral suas principais cidades, Ugarit, Arad, Biblos, Sidon e Tiro.
A partir do sistema de escrita sumeriana os fenícios inventaram o alfabeto consonantal, com vinte e dois sinais gráficos para representar os sons das palavras, já com novo e moderno sistema gráfico. O alfabeto fenício, complementado por vogais, deu originou ao grego, cuja variante seria o egípcio (Enciclopédia Simpozio, Filosofia da Religião).
Dos sumerianos os fenícios adotaram igualmente o sistema de cidades-estado, com poder político quase sempre exercido por reis locais assessorados pelos conselhos dos Anciãos e dos Magistrados. Do mesmo modo estabeleceram contatos de comércios com povos circunvizinhos e ilhéus, através de concessões, feitorias e colônias.
As proximidades com o mar e a dificuldade de terras agricultáveis levaram os fenícios, desde logo, se aventurarem ao mar, desenvolvendo a arte de construir navios e das técnicas de navegações, atingindo portos cada vez mais distantes e ultramarinos, levando aos diferentes povos os seus instrumentos agrícolas - aprimorados dos sumérios e dos cretenses, e objetos de metais [ouro, prata, bronze e cobre] para usos diversos, inclusive em armas de guerras e adornos, além dos utensílios cerâmicos..
Os fenícios foram tão grandes navegadores, comerciantes e feitores, quanto prestadores de serviços para outras nações, por vezes dispondo seus navios para conduzir estrangeiros para comercialização em distantes locais, quando não em missões de trabalhos ou de reconhecimentos de novas terras.
A religião fenícia era politeísta, com destaques para as antigas divindades terrestres e celestes advindas do panteão sumeriano, talvez em causa dos registros escritos. Praticamente os fenícios não se deram ao trabalho de acrescer nenhum deus ao rol sumer, por exemplo, nenhuma divindade protetora para os navegantes lhe foi designada.
Cada cidade-estado tinha seu deus maior - tipo Baal [Senhor] com o nome próprio representativo de sua função, a exemplos Eshumun - deus da saúde, protetor de Sidon, enquanto Adônis - deus de Biblos era divindade da vegetação, com correspondente sumer em Ashtart - depois a divindade caldéia Ihstar, a mesma grega Astartéia.
Os fenícios sacrificavam animais para as divindades, além das oferendas com frutos da terra ou das primícias dos seus trabalhos; em algum tempo os deuses teriam exigido sacrifício humano, procedimento não incomum no antigo Oriente Médio, como consta pela aceitação de Abraão imolar o filho Isaac, ato não consumado como aquele por Jefté, que sacrificou sua própria filha a Yavé em conseqüência de ato votivo (Juízes 11: 29-39). A Bíblia (II Crônicas 28: 1-3 e referências) atesta e condena a prática de sacrifício humano por alguns dos reis hebreus e, em outros livros, determina as proibições de tais práticas (Levíticos 18: 21, Deuteronômio 18: 10 e referências).
Inserido nestas linhas de pensamentos surge como elemento colonizador o povo fenício, conhecido como a civilização dos navegantes comerciários, que se lançou aos mares e oceanos, fundando colônias e feitorias, ou adquirindo concessões para postos e entrepostos comerciais, estabelecendo suas principais rotas marítimas.
A Fenícia mantinha estreitas relações com o Egito, a tal ponto que o Faraó Nekaó (609/594 AEC),financiou uma expedição marítima realizada pelo navegador fenício Haram, que saindo pelo Mar Vermelho ganhou o Índico, contornou a África, singrou águas do Atlântico para chegar ao Egito, pelo Mediterrâneo (Cláudio Vicentino e Gilberto Marone, 
Livro 3, História Geral I, 2ª edição Anglo Vestibulares, 1990/1991). O Egito se ergueu culturalmente sob fortes influências sumerianas.
Salomão (971/932 AEC), rei hebreu cuja nação era fortemente influenciada, cultural e religiosamente, pelos povos mesopotâmicos, utilizou-se dos navegantes fenícios e, às vezes, frotas de seus navios, para viagens comerciais com a Espanha, que duravam três anos, partindo do Mar Vermelho (Bíblia, II Crônicas 9: 21 e I Reis 10: 22, mais as referências).
No livro bíblico (I Reis 9: 26-28), Salomão determina construção de uma frota equipada pelos fenícios e por eles conduzida, e que chegaram até Ofir. Em II Crônicas (8: 18), o rei fenício mandou a Salomão navios e gente prática do mar que foram a Ofir.
Dos textos referidos, cabem atenções quando das colocações chegaram até Ofir, distinto de foram a Ofir. Salvo se por problemas de antigas traduções/versões, tem-se a impressão que Ofir não era situada na rota comum das navegações de Asion-Geber, no Mar Vermelho, até a Espanha, sendo que o texto bíblico deixa transparecer que a chegada da frota de Salomão até Ofir, embora comum para os fenícios fora uma grande proeza, muito mais que ir à Espanha.
Contudo, onde localizar Ofir?
A Bíblia narra viagens fenícias à Espanha a serviço do rei Salomão, e cita outras em que, para o mesmo rei, se dirigiram até Ofir, em busca de ouro, madeira e pedras e outros metais preciosos.
Ofir, um lugar ignoto, não poderia ser assim tão perto, nas cercanias do Mar Vermelho ou Oceano Índico, como ensejam os principais exegetas que a apontam na Etiópia, Arábia Feliz, Índia. Assim, nem tanto especulativa, como veremos, a localidade de Ofir foi posta até na América do Sul e, nesta, o Brasil e Peru.
Antes do bíblico Salomão os fenícios já faziam navegações transoceânicas desde o Mar Vermelho até o Mediterrâneo, contornando o continente africano. Outras navegações apontam os fenícios no extremo oriente, pelo sudeste asiático, e nada segredos que eles chegaram aos países baixos da Europa, conheceram a Groenlândia, a Islândia e estiveram em terras americanas do norte e do sul, pelo Atlântico e Pacífico.
Ora, se a Escritura não define onde localizar a Terra de Ofir deixa-nos, entretanto, algumas pistas históricas e de filologia, conforme temos: 

-I Reis 10: 11, em cópia transliterada, Apir está para Ofir, enquanto em I Crônicas 29: 4 encontra-se Apira para a mesma Ofir, e Aypira também traduzida por Ofir - vide I Reis 9: 28.-II Crônicas 3: 6 diz que o ouro era das águas dos Parvaim.Referidos lugares ou denominações não foram encontrados no Oriente Médio, Sudeste Asiático e África Oriental.
Henrique Onffroy de Thoron em sua monografia histórico-filológica a partir dos relatos bíblicos, I Reis 9: 26, II Crônicas 9: 2, 20:3 6 e referências, ao narrar viagens fenícias a serviço do rei hebreu Salomão, a partir de Asion-Geber, no Mar Vermelho, à Espanha [Tarsis], menciona algumas empreitadas até Ofir e Parvaim, locais que não hesita coloca-los em continente sulamericano.
A obra original de Thoron, 'Voyages dês Vaisseaus de Salomon au Fleuve dês Amazones', foi publicada em Genova [Itália 1869] e Manaus [Brasil 1876].
Pelas considerações de Thoron, Parvaim significa águas, no sentido de rios que se encontram, e a palavra transliterada deve ser posta Parva-im, mais propriamente Paru-im, apontando dois rios, Paru e Apu-Parim [Paru e outro Paru], que unem suas águas para formação do Ucayale, afluente do Solimões.
Ao tratar das viagens do fenício Hiran ao Peru, a serviço de Salomão, pelo rio Amazonas [sua foz no Atlântico], entre 993-960 AEC, tais descrições permite-nos juízo no bíblico I Reis 10: 11, cujo texto transliterado Apir [Aypir - versão samaritana] estaria para Ofir, com significado de água.
Assim, em I Crônicas 29: 4, Apira [aquele que trabalha na água ou minerador], igual Aypira, I Reis 9: 28, traduzida por Ofir, enquanto II Crônicas 3: 6 informa que o ouro [de Ofir] era das águas de Parvaim ou Farvaim, no sentido de rios que se encontram, com a transliteração Parva-im obliterada do hebraico Paru-im - rios auríferos, considerando plural a terminação hebraica 'im'.
Desta forma, diante do mesmo silêncio bíblico a Ofir, Paru-im tão somente remete-nos ao Peru, onde os rios Paru e Apu-Paru [Paru e rico Paru] unem suas águas [Apurimac] para formar o Ucayale, nome pelo qual se conhecia o rio Amazonas por volta de 1000 AEC. Da mesma maneira, desde aproximadamente mil anos AEC se conhece o rio Solimões, denominação tida por obliteração de Salomão, para a população nativa incapaz de pronunciar o hebraico Salomão [paz, pacífico] - Shalom/Sholomom.
Porque os israelitas utilizavam-se, pelos fenícios, a rota contornando a África para se chegar à Espanha? Não seria mais econômico e viável pelo Mediterrâneo?
Osvaldo Ronis, Geografia Bíblica edição 1.975, traz a explicação de que o Mediterrâneo é de pouca profundidade na costa palestínica, assim impedindo a aproximação de navios de maior calado, mesmo dos tempos antigos; razão pela qual o Mediterrâneo não funcionava, para Israel, como caminho marítimo, antes o isolava do mundo. Nesta obra, onde o autor descreve sobre a Geografia Palestínica e não sobre aquelas viagens, destaca-se que os israelitas valiam-se dos portos fenícios no Mediterrâneo e poucas vezes do porto de Jope, sob seu domínio, dado os recifes e bancos de areia.
Logicamente cabem discordâncias das explicações de Ronis e, longe de discussões e pressupostos, a realidade era que os fenícios atingiam, pelos mares e oceanos, as mais distantes terras, inclusive atingindo as Américas, onde as marcas de suas passagens, sobretudo na América do Sul, não são meros indícios, e das quais ainda não perderam lembranças.
Matéria de Antônio Carlos Dumortout Werneck ('A Esfinge da Gávea', Revista 
Planeta - Editora Três, de numero 14, 1973) cita estudiosos e autores diversos que descrevem e afirmam as passagens dos fenícios pelas Américas, no caso, o Brasil. Também, na Revista Planeta nº 198, edição mensal março de 1989, Aurélio M.G. de Abreu ('Pedra da Gávea - O Mito e a Realidade') faz citações de especialistas que atestam presença fenícia no Brasil. Se as matérias não trazem a profundidade desejada para o assunto, também não eram esses os objetivos, por outro lado citam excelentes fontes de pesquisas.
Mas como os fenícios chegavam à América?
Se o contorno do continente africano não lhes era desconhecido, nada poderia obstá-los no avanço à América do Sul. Poderiam, também, chegar pela rota dos escandinavos, aos atuais territórios Canadá e Estados Unidos, caminhos que os celtas e viquingues utilizaram, comprovadamente, tempos depois. Outra rota seria pela China - que manteve algum contato com a América, ou pelas ilhas do Pacífico em direção às costas americanas, pelos prováveis caminhos dos melanésios.

Efetivamente os fenícios fizeram isto?
Primeiro há de se considerar que os fenícios não somente faziam rotas comerciais conhecidas, como também se aventuravam por águas desconhecidas, em busca de novos postos avançados para estabelecimento de colônias; não bastasse isto, também prestavam serviços a outros povos, a exemplos citados de Israel, Egito e Arábia.
Neste aspecto, de prestações de serviços ou de viagens financiadas, ressaltem-se os egípcios: não eram navegadores ao nível dos fenícios e, não obstante, estiveram nas Américas, não por indícios ou provas esparsas, mas comprovadamente por pesquisas e levantamentos de ordem, desde os estudos comparativos de hieróglifos egípcios e maias, que não apenas coincidem em pelo menos treze caracteres, como possuem os mesmos significados, conforme o estudioso Auguste de Le Plangeon, ou das escritas dos guaranis também semelhantes às dos egípcios, demonstradas pelo estudioso Doutor Bertoni, como ainda as comprovações arqueológicas das hipóteses de Alexandre Braghine, todos estes mencionados na obra de Philippe Azis, ('Atlântida - a Civilização Desaparecida', Otto Pierre Editores, 1.978), autor que, aparentemente, não se trata de um atlantólogo, uma vez que sua obra é uma coletânea de teses audaciosas, quase sempre recorrentes a especialistas renomados, sem deixar de citar os ficcionistas e especuladores.
Ainda por Azis, outros paralelos são destacados, como as proximidades das divindades egípcias com as dos maias e incas, cujos números ultrapassam as barreiras das simples coincidências; também, as provas incontestes de realizações que saltam aos olhos de tantas igualdades, como as esculturas, estatuetas, obras de engenharias - construções civis e obras de irrigações, murais com os mesmos motivos, e as famosas pirâmides, alem das ciências médicas e astronômicas.
Segundo entendimento do historiador Abdhullah Quick há fortes evidências de presença muçulmana na América pré-colombiana, reconhecida pelas expedições espanholas.

"Os primeiros exploradores [da América] eram, em muitos casos, soldados que haviam lutado na Espanha ou na África e navegado os mares para destruir o poder do Islam. Eles reconheciam a influência islâmica por onde quer que passassem e tinham ordem de converter ao catolicismo aqueles povos. Abdullah Hakim Quick, historiador muçulmano que investiga a presença de muçulmanos na América pré-colombiana, escreveu em seu livro 'Deeper Roots', que quando Hernan Cortés (o conquistador do México) chegou a Yucatán, chamou aquela região de 'El Cairo'. Os homens de Cortés e de Juan Pizarro (o conquistador do Peru), alguns dos quais haviam tomado parte diretamente na luta contra os muçulmanos, chamaram os templos indígenas de 'Masjid' (mesquita). Ainda segundo o historiador, várias leis foram baixadas com o objetivo de interromper o fluxo de muçulmanos, libertos ou escravos, para as Américas e trazer de volta os indígenas muçulmanos convertidos' (História Net, 1999: 363 - http://www.historianet.com.br).
Se os egípcios estiveram na América, os hebreus não deixaram por menos; da mesma maneira que aqueles não eram notáveis navegadores, utilizando-se quase sempre dos fenícios, em suas viagens mais longas, por exemplo, à América, vistas presenças de seus elementos em culturas americanas, objetos de atenções por parte dos especialistas, sejam pelos traços fisionômicos característicos identificados em esculturas de tribos de México e Peru; ou pelas identidades linguísticas de referidas tribos com o semítico, quanto pela exagerada semelhança da Gênesis Bíblica com o 'Códex Maia'.
Braghine (O Enigma de Atlântida, 1959) menciona crenças de praticamente todos os povos americanos, com as mesmas inspirações e personagens bíblicos e em rituais como a circuncisão [que pode ser de origem egípcia], além das regras de cultos. Eram semelhantes também as ordens sacerdotais, e as classes dos profetas e dos escribas.
Em suas viagens à Europa e América, com navios de grande porte, os fenícios utilizavam a rota pelo contorno do continente africano, sem desprezar viagens mediterrâneas com embarcações menores até a Espanha, onde tinham a colônia de Tarsis, chegando até os Açores e, países baixos.
Por Braghine (op.cit.) se sabe que em Açores foram encontradas moedas fenícias - cartaginesas, e lá existiam estátuas, inscrições e um marco equestre cujo cavaleiro apontava em direção ao continente americano, certamente indicativo de rota para embarcações de grande calado.
Viagem pela rota dos nórdicos pode parecer vaga, num primeiro momento, porem consideramos que os nórdicos não eram estranhos aos povos do Oriente Médio, em cuja região manteve, por longo período, uma Federação; citam-nos a Bíblia, como sendo os filisteus, pelos traços fisionômicos, cultura, divindades e língua, alem dos tratados entre eles com o povo egípcio, onde hoje não restam dúvidas de identificação..
Descrevem as presenças nórdicas no Oriente Médio, além de outros autores, Olivier Launay ('A Civilização dos Celtas'); Patrick Louth ('A Civilização dos Germanos e Vikings'); e Jean-Claude Valla ('A Civilização dos Incas'), obras estas da coleção Grandes Civilizações Desaparecidas publicada pela Otto Pierre Editores (1978).
Considerando a presença nórdica no Oriente Médio, e que muito tinham a oferecer em termos comerciais e tecnológicos, como armas, navios e artefatos, além de produtos alimentícios do mar, seria impossível que mercadores fenícios não se dirigissem até às terras de origens daqueles povos, para transações, e de lá não prosseguissem à Islândia, Groenlândia e Vinlândia - América.
Uma rota para a China se sustenta pelas razões: a civilização chinesa, de 1890 à 1100 AEC plantava trigo, produzia seda, lavrava o jade, fazia artefatos de bronze, fundia o ferro, utilizava a roda e tinha carros de guerra e de transportes que, sem dúvidas, eram produtos e avanços que interessavam às civilizações com as quais mantinha comércios, como a Índia, Pérsia e povos circunvizinhos.
O comércio terrestre utilizado internamente era dificultado quando se tratava daquelas outras nações, em razão do Himalaia, que o inviabilizava em termos econômicos; todavia, pelos caminhos dos mares, apenas a Fenícia tinha condições para realizações, dado conhecimentos das rotas marítimas e infraestruturas para empreendimentos de tal magnitude.
Alguns entendem a China como nação também capaz de realizar viagens transoceânicas, que inclusive teria conhecido o Estreito de Magalhães - então chamado Rabo do Dragão. Sabemos, no entanto, que aquela nação somente aventurou-se ao mar em 1403 da era atual, atingindo o Sudeste Asiático, Índia, Ormuz, Pérsia, África Oriental, regiões do Mar Vermelho e Arábia. Inexplicável e repentinamente em 1443 as navegações chinesas foram cessadas - Nações do Mundo - China, Editora Cidade Cultural, 1989.
Para o autor Gavin Menzies, '1421 - O ano que a China descobriu o mundo', a China teria feito viagem ao redor do mundo em 31 meses (1421/1423), comprovado numa série de documentos náuticos, mapas e cartografias, parece-nos fundamentados no Mapa Zheng, de 1418, versão chinesa de mapas europeus dos primeiros anos do século XV, provavelmente adquirido na Índia.
Henriette Mertz, autor Deuses do Extremo Oriente: 'Como os Chineses Descobriram a América', a Planeta l39-D narra uma possível expedição chinesa em 2.250 AEC e uma outra no século V EC, sendo esta a responsável pelas fortes influências chinesas vistas nas artes, ciências e religião dos autóctones do México e sul dos Estados Unidos, onde mais se encontram pontos em comum entre as culturas, chinesa e as do novo mundo, inclusive nos sistemas de calendários e astronomia.
Não se trata de por em dúvida a capacidade de navegação dos chineses em direção à América, até porque sua estadia no continente americano é inegável, sob e sobre todos os aspectos e pontos de vistas dos especialistas, porém, trazê-los como cultura influenciadora no novo mundo, na era atual, seria no mínimo rejeitar a história daquela civilização. A saga de 2.250 AEC nos parece lendária.
Mas os chineses chegaram à América e os traços de suas influências são fortíssimos, tanto na cultura Olmeca, 1200-900 AEC no México - Golfo litoral Pacífico, El Salvador e Costa Rica, quanto na Chavin, por volta de 900 a 200 AEC, no Peru, conforme se refere Jean-Claude Valla (op.cit.), fundamentado nos estudos do alemão Robert Heine Goldern, que tinha como fonte do Professor Pedro Bosch-Gimpera, da Universidade do México, e nas narrativas colhidas do estudioso Juan de Torquemada.
Existem, do lado dos chineses, relatos que comprovam suas viagens à América ou vínculos com a Fenícia, em grandes expedições?
Salvo alguns fragmentos raros, mais próximos a lendas, parece que nada mais existe, cabendo apenas a lembrança de que, entre 22l a 206 AEC, foram queimados todos os livros e documentos pela dinastia Qin, apagando todos os traços de possíveis vínculos ou dependências da China, em relação a outros povos, por serem considerados subvertedores e diminuidores do poder chinês; em troca de tamanha estupidez, a humanidade recebeu como legado, a Grande Muralha, daquela dinastia (Nações do Mundo - China).
Entendemos a presença chinesa na América pelos fenícios, sem nenhum registro histórico ou evidências anteriores e posteriores entre os anos 1200 e 200 AEC.
O período de formação de base dos povos americanos é pré às grandes civilizações encontradas pelos conquistadores espanhóis, como a Inca, a Asteca e a Maia, pois que nestas ocorreram como elementos reformadores culturais, os celtas e os viquingues (900/1300 EC), com traços e roupagens cristãs, quando iniciado o período de aquisições dos novos valores, sem omissões dos anteriores, então somente apagadas com a chegada dos europeus invasores, no final do século XV e início do XVI, conjuntamente com o clero católico.
A América também foi visitada pelos negroides, africanos e melanésios, e se acham representados nas esculturas, em partes distintas do continente segundo atestam alguns estudiosos, embora não vejam tais como elementos modificadores ou influenciadores de culturas, segundo o citado Valla.
Braghine (op.cit.) admite que os negroides, principalmente os da África, possam ter chegado à América, como escravos, pelos fenícios.
Também os contatos dos fenícios com os polinésios e australóides (estes chegaram ao continente americano, extremo sul, entre os quinze mil anos, num período de regressão glaciária, pela Antártida), parece bem possível, principalmente com os primeiros que chegaram à América, pelo Pacífico.
Excluir as possibilidades expostas seria admitir então Atlântida com dominação global, ou outras grandes civilizações que povoam o imaginário de muitos, como Lemúria, Mu, alguma civilização extraterrestre ou os habitantes do interior da terra, mas nos faltam evidências materiais de suas existências, sendo tudo especulações e hipóteses que apenas atestam influências de um civilizador no mundo, nada alem do que algum povo, a nível dos fenícios, não pudesse realizar.
Portanto, o povo fenício pode ser considerado, senão um elemento civilizador mundial, pelo menos o grande interador entre os povos da antiguidade, para tornar tão igual às cosmogonia e teogonia como realizações fenomênicas do misticismo religioso.

-o-

Nenhum comentário:

Postar um comentário