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sábado, 3 de abril de 2010

ENFOQUES CIENTÍFICOS DOS PODERES DA MENTE

1. Dos atributos da mente
Desde muito que os fenômenos extraordinários da mente têm merecido atenções do mundo científico, não para desacreditá-los, mas sim para dimensioná-los dentro de uma ordem metodológica de comprovações, pelos experimentos.
A primeira lógica estabelecida, cientificamente, foi promover estudos do cérebro humano, de onde, pressupostamente, partiriam as capacidades fenomênicas. O cérebro, exaustivamente estudado pela neurologia, ainda é um mistério, sabendo que, alem de suas funções químico-orgânicas, a exemplo de outros órgãos, atua também em níveis distintos porem interligados entre si, comumente denominados Mente Superior e Inferior.
O funcionamento cerebral ocorre quando existe o estímulo dos neurônios, específicos ou não, fazendo com que receba ou transmita conhecimentos. Dentro do nível superior cerebral acontecem os estímulos específicos, através dos órgãos do sentido e da inteligência; neste nível assenta-se o intelecto manifesto pela atuação inteligente, e as emissões de juízos pelos conhecimentos adquiridos que, quase sempre, se processam por intermédio de receptores próprios.
O nível inferior detém os campos primitivo e sensorial, abrangendo percepções e reações intuitivas, alem das instintivas, pelos estímulos não específicos que, geralmente, são captados pelo sistema nervoso periférico.
É fato que o cérebro, funcionando por estímulos, induz o homem a quatro estágios - níveis - mentais, classificados por ciclos rítmicos por segundo, sendo eles o Alfa, Beta, Teta e Delta.

  • Alfa: está para a consciência interior, com 7 a 14 ciclos por segundo, com impulsos brandos, responsáveis pelo domínio do autocontrole e alívio das tensões; é o estágio de maior importância para o ser humano.
  • Beta: é o estágio comum para pessoas normais, com oscilações de 14 a 28 ciclos por segundo, sendo então o nível das consciências interior e exterior; é um estado normal para as atividades do dia a dia, sobrecarregando-se de tensões consequentes.
  • Teta: com oscilações de 4 a 7 ciclos por segundo, responsabiliza-se pela inconsciência e pelo sono, sem o desligamento do subconsciente que mantém, assim, ativados os neurônios; é um estágio recuperador das energias.
  • Delta: com 1 a 4 ciclos por segundo, é o denominado estado de coma, de inconsciência total, sem reflexão alguma.Existem no cérebro duas grandes capacidades, uma denominada mente objetiva, ou seja, o nível superior, onde se aloja a intelectualidade regrada pelas leis de aprendizado e adaptada ao meio, enquanto a outra força, a mente subjetiva, livre de censuras e barreiras, é vista como a energia criadora e organizadora, que se manifesta não somente no indivíduo, mas que pode ser projetada à distância, transmitindo e adquirindo, de formas múltiplas, conhecimentos. Ambas são interligadas e trabalham conjuntamente, podendo contudo atuarem de maneira independente, dentro de um determinado estágio, sem prejuízos de ordens maiores.
Se a faculdade intelectiva recebe conhecimentos através de estudos no decorrer dos tempos, a mente subjetiva é uma energia e não apenas pensamento, com atividade plasmadora sobre a matéria, conforme opiniões de abalizados pesquisadores, entre os quais o Maurer Junior (Teodoro Henrique Maurer Junior, 1906/1979), citação em Curso de Teologia: Cultos Estranhos.
Ainda existe o cerebelo, talvez o cérebro original - a outra parte, o superior, seria fruto de evolução recente - responsável pela coordenação muscular do organismo; algumas correntes científicas, não ortodoxas, acreditam estar no cerebelo a fonte da paranormalidade e aqueles temores inatos do homem. Outras teorias têm que tudo não passa de capacidades resultantes das atividades dos neurônios, advindas das interações químico-elétricas micro-celulares.
E as teorias avançam num crescente, às vezes bem ao gosto de especuladores metafísicos, como por exemplo, a respeito da glândula pineal, o ponto de contato entre a mente e o corpo.
Nestes enfoques busca-se, também, a Psicologia, a quem cabe o estudo do comportamento humano, variedades individuais e classificações mentais, inter-relacionado às Biologia, Sociologia e Pedagogia, entre outras ciências, objetivando a integração ou reintegração do homem dentro de si mesmo, agregação personal, tornando-o adaptável e aceitável à sociedade. A Psicologia é uma ciência de difícil definição, sem contestações, dado sua diversidade de correntes e subjetividades quanto ao próprio exercício profissional.
Para que se possam compreender os fenômenos denominados supranormais, de uma certa maneira e ainda que superficialmente, há que se considerar os acima expostos, para argumentações e contra-argumentações, quanto ao funcionamento cerebral, tido como influenciável ou suscetível a diversos fatores, inibidores ou desbloqueadores, provocadores ou não, de estados extrafísicos, a exemplos da Ética, da Moral, da Razão, alem dos fatores Educacional, Cultural e da Lógica, daquilo que é ou não normal, dentro dos padrões aceitos para comportamentos e ações.
Quanto aos atributos da mente, propriamente ditos, a Metapsíquica tem que a mente subjetiva, é um repertório psíquico e, como tal, de ordem espiritual, com capacidade de ações à distância, não se limitando ao tempo e espaço, podendo mesmo transpô-los sem dificuldade alguma, irradiando ondas energéticas e abrindo canais receptivos, de atuações sobre o cérebro.
Para Maurer Junior, tem-se que a Metapsíquica é "uma ciência que estuda os fenômenos extraordinários, através de estudos experimentais, todos aparentemente supranormais da mente humana, isto é, alem dos fenômenos psicológicos normais".
Considera-se que a melhor definição sobre a Metapsíquica cabe ao pesquisador e psicólogo francês, Richet, que diz ser ela a "ciência que tem por objeto, fenômenos mecânicos ou psicológicos, devido a forças que parecem inteligentes ou poderes desconhecidos, latentes na inteligência humana", posto que a paranormalidade, consciente ou inconscientemente, física ou mental, é sempre determinada pela mente, acionando o cérebro.
De princípio, pode-se dizer que a Metapsíquica apenas estuda os fenômenos, como um todo ou isoladamente, não ensinando, porem, como desenvolver ou atua-los, ficando tais feitos para os místicos, especuladores e pseudo-sábios da matéria. Somente a partir dos fenômenos ocorridos é que a Metapsíquica emite seu parecer.
Esta Ciência perdeu muito da validade de seu termo ou mesmo significada, com o advento da Parapsicologia, esta tida como a ciência que melhor rotula e ajusta conceitos fenomênicos. Na visão de alguns modernos parapsicólogos, a Metapsíquica é considerada pré-científica.
Dr. Jorge Andréa dos Santos - Dr. Andréa 
(Enfoques Científicos na Doutrina Espírita - 2ª edição, 1991, Sociedade Editora Espírita F.V. Lorenz), afirma que as significações são as mesmas nas posições de enquadramentos da fenomenologia paranormal.
Ousa-se parecer que a Metapsíquica, como ciência, foi abominada por achar-se vinculada ao Espiritismo, alem do que, alguns viam nela explicações dos milagres de Cristo, diminuindo-o em graça e magnificência. Com a Parapsicologia, os fenômenos paranormais passaram ser visto como naturais ou próprios do homem, e não como sobrenaturais, sendo estes então lançados à Teologia como milagres que, como tais, acham-se isentos de classificações e definições de campos pela Ciência, assim, portanto, sem confrontações com aquilo que diz respeito às religiosidades.
Adota-se então a Parapsicologia, com seus seguintes principais enquadramentos fenomênicos:

  • P.E.S. - Percepção extra-sensorial: segundo o Professor João Teixeira de Paula - T. de Paula, (Enciclopédia de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo - Cultural Brasil Editora Ltda, 1972), P.E.S é a "faculdade com a qual Joseph Banks Rhine designa os fenômenos, que ele arrola entre os da clarividência, Pós-Cognição, Pré-Cognição e Telepatia". 
    • Para o Frei, Professor e Doutor, Albino Aresi - Frei Aresi (Fundamentos Científicos da Parapsicologia, Associação Mens Sana - INPAR, 1978), se tem a "percepção extra-sensorial como faculdade humana de captar informações do mundo físico, sem a aparente interveniência dos sentidos"; e para o Professor Sidney de Moraes - Prof. Moraes (Como se Orientar pela Parapsicologia - Um Sentido de Vida, publicação da ESPA - Escola de Parapsicologia de São Paulo), P.E.S. são os "fenômenos cognitivos de Parapsicologia".
  • P.E.S.G. - Percepção extrassensorial Geral, que T. de Paula traz como a "faculdade para testar a manifestação E.S.P. (P.E.S), permitindo o fenômeno da Telepatia ou da Clarividência ou ambos conjuntamente". 
    • Prof. Moraes a vê como "o estudo que permite às pessoas, melhor desenvolvimento de seus sentidos; é uma classificação hoje em desuso".
  • PSI-KAPA: Moraes entende ser a "influência paranormal, isto é, acima do normal, da mente sobre o corpo". 
    • Frei Aresi considera como "a faculdade humana que consiste na influência da mente sobre a matéria ou sobre sistema de energia já dada pela natureza, sendo que a influência feita à distância, é chamada de Telecinese". Dr. Andréa compreende que Psi-Kapa esteja "ligada às ações psicocinéticas que se referem, principalmente, ao deslocamento de objetos sem interferência da força física"; e João T. de Paula resume o fenômeno como "influência paranormal direta do indivíduo sobre a matéria".
  • PSI-GAMA: entendido como 'conhecimento paranormal' (T. de Paula) que o Frei Aresi define como"faculdade humana de conhecer algo através da clarividência, da precognição, da retrocognição, da simulcognição ou da telepatia (PES)". 
    • Para o Dr. Andréa tal faculdade "estaria ligada aos chamados fenômenos inteligentes relacionados com a clarividência, audiência, telepatia, leitura de cartas, psicografia, psicofonia, psicometria, etc". Prof. Moraes expõe Psi-Gama como "o conhecimento dos fenômenos catalogados como acima do normal, isto é, paranormal".
  • PSI: deste fenômeno o Frei Aresi diz que "é a capacidade humana de produzir fenômenos que escapam dos limites físicos",classificação igual pelos demais estudiosos.
  • PSI-THETA: Dr. Andréa o classifica como "fenomenologia ligada a espíritos desencarnados, isto é, com a interferência dos mortos". 
As exposições evidenciam que o T. de Paula é pesquisador e enciclopedista, de tendência para o Espiritismo Científico ou mesmo o Religioso; Prof. Moraes é profissional Parapsicólogo, Conferencista e Ministrador de cursos, cuidadoso em não se opor às religiões; o Frei Aresi, na sua própria condição de religioso, defende os fenômenos como todos de "capacidades da mente humana", em oposição ao Espiritismo defendido pelo Dr. Andrea, médico de profissão, pesquisador científico da paranormalidade e estudioso do Espiritismo Científico e Religioso. 
São escolas diferentes e, sem questionamentos busca-se aqui, em primeira linha, os fenômenos psicológicos, ou seja, os estritamente mentais conforme as categorias em que se situam os duplos sentidos a saber:
2. Dos fenômenos psicológicos
2.1. Telepatia

Transmissões de pensamentos ou sensações, a longa distância ou não, sem o intermédio dos órgãos sensoriais, envolvendo duas ou mais pessoas; é um fenômeno comprovado em laboratório, sem objeções científicas, classificadas com as seguintes divisões:

  • Espontânea: sem prévia combinação entre as partes, mais ou menos comum a todos os seres humanos, nas famosas coincidências, quase sempre carregadas de fortes emoções ou estranhas sensações.
  • Simpática: onde um sente o que o outro experimenta, cuja característica maior é o experimento de sensações definidas, boas ou ruins.
  • Experimental: produzida com prévia combinação entre as partes e também a que se produz em laboratórios, em razão do que é a única das telepatias classificadas como fenômeno de paranormalidade.
Nos últimos anos, pesquisadores têm levantado hipóteses acerca da possibilidade telepática entre homem e animais, ou destes ao homem, fenômeno denominado de Telepatia Animal; os estudos e relatos assentam-se em evidências mas ainda longe de comprovação científica.
2.2. Criptestesia
Faculdade perceptiva supranormal daquilo que, aparentemente, não está, nem se acha sensível aos sentidos comuns e de seus duplos, ou seja, conhecimento de fatos e coisas, por estímulos psíquicos e não pelos órgãos sensoriais.
Ao lado das Telepatias, é fenômeno dos mais comuns ao homem e a despertar interesses científicos, por ser passível de experimentos e comprovação em laboratórios.
Alguns estudiosos colocam que as Criptestesias ocorrem em canais ocultos da mente, pois que elas não dependem de um agente transmissor, como nas demais percepções.
Divide-se em:

  • Cognição extrassensorial: conhecimento paranormal de fatos e coisas ignorados pelos presentes, participantes ou de pessoas conhecidas, mesmo que distantes; temos entre os exemplos cognitivos corriqueiros:
    • a) por engano uma pessoa recebe uma carta e sem abrir o envelope, descreve todo o conteúdo - a carta não é para ela, ela não conhece o remetente e nem este a pessoa, que por engano, recebeu a carta, que também não conhece o destinatário que igualmente não sabe quem ela é - Richet citações em obras diversas e Curso Teológico.
    • b) uma pessoa encontra na rua um porta-retrato sem a foto, mas com exatidão descreve quem ali estava representado, em todos os detalhes - Richet (idem).
    • c) A mulher recusa um medicamento, porque este poderia matá-la, sendo posteriormente comprovado que os rótulos, por engano foram trocados por um farmacêutico, quando da manipulação de duas fórmulas diferentes, acontecimento este atestado pelas pessoas envolvidas, inclusive o médico assistente - Flammarion (op.cit).
    • d) Um indivíduo sente - vê cenas, e o envolvido, que não conhece - alguém prestes ao suicídio, e tomado de misteriosa força, dirige-se exatamente à residência da pessoa; não conhece o bairro, nem a rua e menos a casa, mas para lá se dirige e evita o ato fatídico; o pretendente ao suicídio nega e reage com certa indignação, mas o sensitivo vai até determinado local da casa e encontra a carta de despedida que tenta justificar o ato (já provável fenômeno telepático) e, indo mais alem, o sensitivo descreve diante do pretendente ao suicídio - seqüência telepática - o local exato escolhido para o suicídio e o método que seria utilizado.
  • Autoscopia: percepção, por parte do indivíduo, sobre seus órgãos internos, localizando com precisão um tumor ainda não identificado, ou um corpo estranho no organismo e sua trajetória.
  • Aloscopia: do sensitivo capaz de diagnóstico em relação a um terceiro, fenômeno semelhante a autoscopia. Alguns estudiosos consideram a aloscopia como fenômeno telepático onde esse terceiro, após autoscopia inconsciente, passaria informações ao sensitivo, enquanto outros consideram fenômeno de clarividência. 
    • Sem desconsiderar aquelas, é possível ação idêntica através de ato projeciológico - o sensitivo transporta-se para dentro da pessoa e detecta o mal existente, numa espécie de Transposição de Sentidos - onde sensitivo vê, sente, indica e descreve o mal de uma pessoa como se fosse seu.-Telestesia: capacidade para ver ou sentir, à distância, sem o concurso de um agente transmissor.
      • Alguns estudiosos sustentam que, em algum ato cometido ou pensado por alguém, ainda que difuso e não endereçado a ninguém, pode este ser captado por um sensitivo, pelos ocultos canais da mente. Outros determinam que os mensageiros, anjos ou espíritos desencarnados, no zelo pela pessoa, socorrem-se a algum sensitivo.
  • Auto-Percepção Intuitiva: conhecimento de fatos ou acontecimentos distantes; desconsiderado pelos especialistas, por nada oferecer de palpável no campo das ciências, mas é um fenômeno comumente visto e ouvido, contudo facilmente confundido com Telepatias.-Premonição: percepção paranormal de fatos ainda não acontecidos. O assunto tem merecido atenções dos especialistas, sendo o mais bem documentado e comprovado dentre os fenômenos da paranormalidade.
2.3. Das premonições
O Phd Henrique Maurer Jr, quanto a condução destes estudos, propõe-nos os seguintes caracteres quanto aos denominados fenômenos premonitórios: 
  • Previsão de fatos pessoais, o mais simples, onde o indivíduo prevê, com assombrosa exatidão, aquilo que lhe irá acontecer, a exemplos de doenças, acidentes, morte ou fatos banais;
  • Previsão de fatos com terceiros, e isto mesmo sem a participação, presença ou interesse desses terceiros;
  • Acontecimentos ao meio físico, sem conhecimentos antecipados ou acessos às fontes de informações;
  • Fatos relevantes da história, os acontecimentos políticos, militares e outros;
  • Coletivos: fatos, grupos sociais e demais do gênero;
  • Premonições tutelares, que preveem o que poderia acontecer caso não evitado a tempo, como tipo de mensagem salvadora. 
    • Os fenômenos acontecem ou se realizam de múltiplas maneiras que vão desde o englobamento das atuações dos duplos dos sentidos nos casos futurísticos, às psicografias e psicofonias.
A Premonição pode ser nítida ou disfarçada - truncada ou não muito clara, ou ainda minimizada, existindo aí o elemento censor procurando diminuir o caráter trágico da realidade. Pode também ocorrer em sonhos, hipnoses ou através do sexto sentido, que todos já experimentaram pelo menos uma vez na vida.
Os pesquisadores, para admissão do fenômeno premonitivo, seguem as antigas regras estabelecidas por Richet:
  • A realização do fenômeno deve ser independente do sensitivo;
  • Exclusão total de possibilidades de acesso às informações;
  • Registros fidedignos antes dos acontecimentos.
2.4. Metagonomia ou Metagnomia
Observável como inteligência supranormal, intuitiva ou intelectiva abrangendo os múltiplos campos como a matemática, música, ciências gerais, entre outras, com estonteantes exemplos envolvendo crianças, às vezes de tenra idade ou sem aprendizados regulares; enquadram-se também, e igualmente surpreendentes, os casos dos 'idiots savants' e suas aptidões.
Tal fenômeno comprova que a capacidade do subconsciente é infinitamente superior à consciência, e que de alguma maneira, conhecimentos adquiridos, não se sabe de onde e nem de que maneira, pelo subconsciente, passam para a consciência, com efeitos que beiram as raias do milagre ou da indignação.
Nisto debatem-se cientistas, alguns acreditando que o subconsciente capta, ora através dos duplos dos sentidos, ora através de uma sintonia telepática interferente ou imposta; outros creditam os fenômenos a uma memória [genética] da ancestralidade, com o homem guardando em si todo o passado, conhecimento e experiências de seus antecessores, projetando-os em momentos especiais, provocados, ou sempre. 
O Espiritismo Científico julga que espíritos evoluídos, não tão necessariamente, transmitem os grandes acontecimentos a determinadas pessoas, ou que se reencarnam em benefício da humanidade.
Alguns estudiosos mais avançados ou liberais aventam hipótese de um Repositório de Conhecimentos Cósmicos, onde alguns indivíduos adentram, pelos espaços inter-eletrônicos; outros, voltados ao Espiritualismo, acreditam em avatares, isto é, espíritos de grandes saberes que entram ou vibram num indivíduo, por um tempo mais ou menos determinado, com todos seus conhecimentos Cósmicos ou adquiridos em vidas passadas; e, ainda, os que crêem que aqueles superdotados são pessoas que já tiveram diversas encarnações e retornam à terra, apresentando depois ou em determinado tempo, seus conhecimentos assombrosos, a exemplo da xenoglossia ou glossolalia, que é a faculdade de falar línguas estrangeiras ou estranhas, sem nunca tê-las aprendido ou ouvido alguém falar.
2.5. Catalisação
Facilitação de fenômeno a partir de um objeto ou outro instrumento qualquer, utilizado sempre para este fim, como as bolas de cristal, baralhos, espelhos, conchas, copos, pedras e uma infinidade de outros que surgem a cada dia ou época.
São fenômenos ou causas de fenômenos corriqueiros, utilizados por videntes ou sensitivos que, através destes objetos, entram numa espécie de transe - concentração, contato - onde qualquer fenômeno parapsicológico pode ocorrer, independendo às vezes da consciência ou não do sensitivo, bem como de sua vontade.
Comumente são chamados de fenômenos adivinhatórios, largamente usados nos meios diversos da sociedade - independente de classes sociais ou intelectuais, passível de mistificações.
Talvez pela facilidade de seu uso ou aprendizado, é algo que acompanha o homem desde a antiguidade, tanto que na Bíblia, Antigo/Novo Testamentos, são encontradas diversas passagens que atestam usos de catalisadores: Gênesis 44: 5 e l5, I Samuel l4: 42, Êxodo 28: 30, Jonas 1: 7, Marcos l5: 24 e Atos l: 26.
Em geral, o uso de objetos catalisadores são feitos por místicos, revestidos de um caráter mais religioso, em que os objetos são ou parecem revestidos de manas. Alguns desses fenômenos ocorridos no próprio local de atendimento do sensitivo, supervisionado por cientistas e descartadas possibilidades de fraudes, mostraram-se reais. Em laboratórios, alguns sensitivos realizaram seus trabalhos, munidos de seus catalisadores, com surpreendentes resultados, enquanto outros conseguiram feitos somente em seu próprio ambiente.
Existem relatos de casos de sensitivos que, cientes de uma observação científica, nada puderam realizar, mas que não sabendo da presença de observadores infiltrados como clientes, produziram fenômenos, sendo registrados casos de alguns que até adivinharam quem seriam os pesquisadores.
2.6. Mancias
São os diversos meios de se descobrir alguma coisa, através de objetos materiais, comumente confundidos com os fenômenos de Catalisação, as Mancias são artes com indicações aproximativas, não levando, necessariamente, a fenômenos paranormais.
Os praticadores de mancias, na maioria dos casos, usam de psicologia, sagacidade, perspicácia, acesso às informações, métodos indutivos, deduções e até mesmo a telepatia; em geral os consulentes das mancias já têm suas respostas pré-elaboradas, cabendo ao sensitivo apenas decodificá-las, dando-lhes ordenação lógica e sequencial.
Das mancias, a única a apresentar resultados satisfatórios em laboratórios, foi a Rabdomancia, antiga adivinhação por meio de varas, hoje com a denominação cientificamente adotada e aceita de Radiestesia, isto é, radiações e/ou vibrações eletromagnéticas captadas por meio de objetos materiais.
Vistos os fenômenos psicológicos dentro da Parapsicologia, sujeitos sempre a controvérsias, novas teorias, diferentes nomenclaturas, estuda-se agora, os fenômenos físicos, ou seja, aqueles que produzem efeitos materiais.
3.Fenômenos físicos
3.1. Telecinese:

Movimento de objeto à distância, perto ou longe, sem contatos físicos que, pela sua natureza, podem ser:

  • Espontânea: que por vezes o próprio sensitivo ignora-o, quase sempre são descontrolados, não raras vezes violento; assemelha-se, confunde-se e talvez seja a mesma coisa - aqui em defesa da teoria espírita - do poltergeist que, por razões desconhecidas são provocadas na maioria das vezes por pessoas do sexo feminino, na puberdade.
    • Espíritas científicos e religiosos admitem o concurso de espíritos atrasados (desencarnados) de mentalidade/individualidade infantil e pueril, com demonstrações gratuitas. São comuns, em casos de telecineses espontâneas ou poltergeist, propriamente dito, materialização e rematerialização de objetos, mesmo pesados (pedras, rodas de veículos entre outras) atravessam telhados e forros sem danificá-los, mas que espatifam mobílias; em outras ocorrências, dá-se a teleplastia, ou seja, materialização de imagens, até como fogo espontâneo.
  • Provocada: fenômenos telecinéticos promovidos e analisados em laboratórios, devidamente comprovados e com alvos determinados.
  • Conduzida: aqueles em que o sensitivo, exercendo absoluto controle de suas faculdades paranormais, endereça suas forças para alvos predeterminados - quando sob rigoroso controle científico. ou a bel prazer, para o bem ou para o mal, com efeitos imediatos ou sequenciais, podendo formar fantasmas intervencionistas, fenômenos acústicos (ruídos), fotóticos (clarões de luzes) e de poltergeist em todas suas extensões.
Valem-se teorias que:
  • a) o indivíduo, num esforço desgastante, emite energia psíquica - nêutrons, conduzida por espaços intereletrônicos, com finalidades de excitar ou desagregar células de um ser vivente, ou sobre estruturas moleculares de objetos ou seres inanimados;
  • b) que se deixa usar por forças sabidamente sobrenaturais (espíritos desencarnados) boas ou ruins, as quais se utilizam faculdades para determinados fins; onde muitos sensitivos de fenômenos à distancia, conscientes ou não, têm observado aquelas causas primárias;
  • c) conhece as forças, sabe como buscá-las e delas se utilizam para seus intentos, como muitos magos afirmam proceder.
Os fenômenos conduzidos, também podem ser reativos - assim como os fenômenos espontâneos, com o sensitivo a reagir em momentos especiais ou quando provocados.
3.2. Acústico
Sons ou ruídos provocados; tem merecido especiais atenções dos estudiosos porque, em geral, associam-se a prenúncios de morte ou de algum acidente, com vários exemplos registrados e comprovados.
3.3. Fótico ou Fotótico
Manifestos como luzes radiantes, clarões ou auras; estes fenômenos tem sido motivo de sérios estudos científicos, com grandes préstimos à Medicina, para auxílios diagnósticos, uma vez que as preocupações psíquicas e males orgânicos desconhecidos, são revelados pela aura.
Os fenômenos fóticos não são exclusividades do homem, sendo que animais e vegetais - alguns ensejam até o reino mineral - também manifestam em sua totalidade, revelações de estados de momentos, existindo hoje aparelhos e máquinas - a exemplo da Kirlian (kirliangrafia), que medem e fotografam aquelas luminosidades.
3.4. Levitação
Anulação da lei da gravidade, cujos efeitos são a suspensão de objetos, de pessoas e até do próprio sensitivo; alguns especialistas têm a levitação como ação telecinética.
3.5. Ideoplástico Interno
Em geral definidos como influência da mente sobre o corpo, como fenômenos de 
anestesias, sem recorrência à hipnose; alterações biológicas como os estigmas manifestos, não trucados, mais observados em religiosos e místicos; curas; combustibilidade do corpo; catalepsias. provocadas ou não; e as parestesias não hipnótica entre outros.
3.6. Teleplastia
Denominada também Ideoplastia Externa, ou Fenômenos Ectoplasmáticos, como as materializações; e a escotografia, imagem produzida no escuro, também é considerada como fenômeno de Teleplastia.
Os estudos mais considerados das Teleplastias, são de caráter espírita, religioso ou científico, porque é neste meio que se produzem a maioria das manifestações comprovadas e tidas como científicas.
Alguns estudiosos vêem nestas manifestações, provas irrefutáveis de uma vida além-túmulo; enquanto outros as têm como manifestos anímicos, apontando a quase semelhança entre o fantasma e o sensitivo que lhe dá, conscientemente ou não, as formas. Céticos afirmam que as realizações não passam de fraudes
Nas ultimas décadas, a ciência tem desenvolvido aparelhos, à base de televisor comum, que captam imagens teleplásticas; o mesmo se faz, usando gravadores, com os fenômenos acústicos. Porém tais captações ocorrem somente com a presença de, pelo menos, um sensitivo, quando não o é o próprio pesquisador. Já algumas experiências são realizadas via Internet e Rádio, com resultados a confirmar.
Registram-se casos de sensitivos que influem em filmes fotográficos, expressando seu pensamento ou alguma outra coisa não planejada.
Encaixam-se na Teleplastia, o fenômeno do duplo - como capacidade de um indivíduo estar em dois lugares ao mesmo tempo, existindo relatos comprovados sobre tal fenômeno, inclusive estando a pessoa física - sensitivo, em continente diferente do seu duplo; são acontecimentos mais ou menos comuns, entre religiosos e místicos.
Da mesma forma a Projeciologia, quando projeção visível, consciente ou não do duplo etéreo, pode ser considerada Teleplastia, muito embora os estados projeciológicos ocorram mais dentro de um nível mental, propriamente dito, isto é, subjetivamente, portanto invisível aos não sensitivos.
Discute-se, se Teleplastia ou não, os casos de desmaterializações e rematerializações de objetos, que parecem seguir determinadas situações de passagens da matéria através da matéria.
Na Teleplastia, encontram-se alguns dos mais conhecidos e envolventes fenômenos parapsicológicos, pelo menos de se ouvir falar, julgados como suficientes para comprovações, na exata concepção científica da palavra, da existência da individualidade da mente humana, com ações independentes em relação ao homem.
A ação do espírito pessoal e independente da matéria física, é evidente e com provas científicas irrefutáveis; e se, essa individualidade tem capacidades de ações sobre o corpo, de comunicar-se com semelhantes, via Telepatia, nada lhe haveria obstar possibilidades de comunicações interativas com outras individualidades, encarnadas ou desencarnadas, na terra ou em qualquer outro ponto do universo.

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