ADVERTÊNCIA

Protected by Copyscape Duplicate Content Detection Software

sábado, 3 de abril de 2010

SIMILITUDES RELIGIOSAS ANTIGAS E ATUAIS

Para referências temporais, 'Antes de Cristo e/ou Depois de Cristo', os autores utilizam 'Antes da Era Comum [AEC] e Era Comum [EC].
1. Antigo Testamento
O mundo religioso cristão tem a Bíblia como conjunto de livros inspirados por Deus, portanto inerrôneos, embora tal opinião não seja unânime.
Alguns entendem os textos bíblicos como uma linguagem de retóricas e literatas, impróprias à compreensão atual. Outros os consideram lendários e até mesmo cópias adaptadas de outras culturas.
Ultimamente ressurgem 'aqueles' que apontam erros bíblicos e certas contradições, mesmo aquelas que não afetam as obras como um todo, apenas para fazê-la desacreditada. Geralmente não sabem o que lêem nem o que escrevem a respeito; são plagiadores de autores que não citam.
Estudiosos sérios e com certa independência em relação às seitas cristãs e judaicas, atestam que o denominado Antigo Testamento não é original, que Moisés não foi o autor do Pentateuco, e que outros livros não foram escritos pelos autores apontados. Refere-se a Yavé como um dos Elohim [deuses] bíblico que, suplantando os demais deuses se fez deus dos deuses - evidente monolatria, para somente depois tornar-se deus único - o monoteísmo.
Observa-se que a criação Elohista, lenda sumero-babilônica, ocorre dentro de um processo evolutivo coerente com as ciências atuais, eliminando-se os floreios, como um princípio gerador indefinido nos tempos, porem numa circunstância natural do meio e da época, como um ser abstrato, fruto de lendas apologéticas às crenças difundidas desde os começos das civilizações, quando o homem se viu capaz de pensar e explicar seu universo.
Elohim cria o homem à sua imagem e semelhança, homem e mulher conjuntamente; aqui é o homem buscando historicidade divina e identificar-se com o criador - deuses, assumindo a inteligência que o distingue dos outros animais, a consciência do eu, e do seu domínio, ainda titubeante, sobre a terra.
No texto Elohista não existe um paraíso, não aconteceu o pecado original e suas conseqüências; existe e isto sim, a idéia progressiva de que a terra e todas as coisas que nela há, está para o homem e sujeitas a ele.
A Elohim contrapõe-se Yavé, invertendo a ordem criacionista, fazendo o homem só para depois lhe dar uma companheira. Yavé, um deus de origem fenícia e com fortes influências palestínicas, tem o homem como primícia que, decaído, necessitou de pronta ação sua, com os contrastes de uma condenação hereditária e uma promessa redentorista, formando assim uma instituição religiosa para um povo eleito, provável ascendência e descendência do autor, com Yavé colocando, desde o início, exclusividade de cultos, fazendo-se antropomorfo, beirando às vezes as raias da inocência e do ridículo, buscando elevar o homem à própria condição de deus, enquanto ele próprio procura se igualar ao homem.
São textos de autores distintos, interpolados e de diferentes culturas, que copistas do século IV AEC colocaram na história judaica, sem ousadias de fundi-los.
Uma característica percebida na Gênesis Bíblica é a individualização do coletivo, dando aos patriarcas a denominação de povos, atribuindo-lhes longevidades etárias, que corresponde ao período de seus domínios, em que mantiveram independentes, ou seja tempo de linhagem tribal relevante.
Os autores, SatoPrado, sem a pretensão da verdade sabida, entendem alegoria bíblica, sem fundamentos a longevidade atribuída aos patriarcas e outros, aparentemente versão particular dos tempos dos reis sumérios, oito deles que reinaram, em média, 30 mil anos cada. 
  • De qualquer maneira, inconcebível, tal como a 'Arca de Noé' com um casal de cada animal disposto na grande nave. 
A não originalidade bíblica - Antigo Testamento prossegue naquilo que se observa quando a civilização judaica, no seu desenvolvimento, toma sempre emprestada de outras culturas, variados símbolos, aspectos e personagens, por exemplo, o Decálogo, dos povos mesopotâmicos, somente inseridos na cultura judaica entre os séculos X e VII AEC, que fornecem também as lendas referentes aos seis dias da criação, o sábado do descanso, a figura do Moisés, a torre de Babel, o paraíso terrestre, alguns demônios e outras assimilações; do Egito os judeus valeram-se da arca da aliança, páscoa, circuncisão, oblações, vestimentas sacerdotais e sacrifícios; dos gregos, absorveram o pensamento filosófico e o caráter personalístico do deus Yavé, inspirado em Zeus; nos romanos buscou o universalismo e, do oriente, o seu misticismo.
Nenhum manuscrito bíblico original, em hebraico, foi conservado, salvo alguns poucos fragmentos de duvidosa fidelidade. Os que hoje existem, em hebraico, foram transcritos do grego, no século X - EC.
O judeu jamais desenvolveu cultura própria, mas foi nessa ausência de originalidades e independências de civilização material, que pôs em maior relevo o valor das instituições religiosas e morais, como elementos básicos de sua união e sobrevivência como nação, que um dia afastou-se das lendas para fazer história.

2. Novo Testamento
As analogias religiosas não se atem apenas ao Antigo Testamento Bíblico, vista que o Novo também as possuem e em números impressionantemente consideráveis.
"Bendita és tu (...) entre todas as mulheres fostes escolhida para a obra da salvação; ele virá com uma coroa de luz (...) Virgem Mãe, pois que darás a luz a Nosso Salvador, a quem porás o nome de (...)".
Esta mensagem foi anunciada a uma virgem sobre o nascimento do prometido salvador, filho do deus altíssimo, através de um anjo mensageiro, para cumprimento às escrituras.
E a virgem foi engravidada pelo santo espírito - virtude de deus; o esposo intentou deixa-la, tão logo a soube grávida quando nem haviam se relacionado sexualmente, somente não a abandonando porque, em sonhos, lhe foi esclarecido por um anjo que, o que nela estava, era fruto do divino espírito de deus.
Avisados por um anjo, reis pastores desejaram prestar homenagens ao salvador nascido, mas perdendo-se pelos caminhos, chegaram até ao palácio de um rei que, depois de despedida dos visitantes que seguem uma estrela guia, determina matança de todos os infantes de uma região, no desejo de exterminar o filho de deus, mas fracassa em seus intentos porque um anjo do senhor avisa a família, antecipadamente, para fugir do local e se colocar a salvo no estrangeiro.
O jovem predestinado tem, em sua história, um silêncio que vai dos seus doze aos trinta anos de idade, para então iniciar sua obra redentora, em constantes peregrinações com seus discípulos.
Mas o anjo anunciador não foi Gabriel, o deus não é Yavé, a Virgem não é Maria, e o salvador não é Jesus.
Esta é a história de Krishna quando de sua peregrinação pela terra, 575 anos antes do nascimento de Jesus, que tem como fontes informativas estudos de Elsie Dubugras (Revista Planeta, publicações 141-C e 162: 'Bíblia Sagrada - Um Texto de Linhas Turvas e Carente de Originalidade', e 'Deuses Filhos de Virgens', respectivamente); Félicien Challaye ('Pequena História das Grandes Religiões', Ibrasa, 1967); e Holger Kersten ('Jesus Viveu na Índia, Best Seller, 1.986).
Entre Jesus e Krishna, existem quase quatrocentos incidentes semelhantes, inclusive a imagem do pregador crucificado, tal qual Cristo, com uma coroa de espinhos, bem como a ressurreição dentre os mortos e a elevação aos céus.
"Disse-lhe o anunciador: Exulta-te oh! Virtuosa e sê feliz, pois o filho ao qual darás a luz é Santo."
Este nascimento fora prenunciado por um mensageiro - anjo, com concepção divina; a criança quando apresentada no Templo foi tomada nos braços por um velho religioso que, exultante tal qual Simeão com Cristo profetizou-lhe a missão terrena.
Quando na puberdade, com doze anos, o santo desgarrou-se de seus pais, durante uma viagem, para ser encontrado depois, num templo, debatendo com velhos sábios acerca das coisas sagradas.
Inicia sua missão em idade próxima aos trinta anos dirigindo-se, inicialmente, a um deserto onde esteve por quarenta dias e quarenta noites, em jejum e meditação, ocasião em que é tentado pelo demônio. É um pregador pobre que escolheu doze seguidores, sendo que os primeiros a serem chamados estão assentados à sombra de uma figueira; dos doze, dois são irmãos; tem predileção por um, e dentre eles, existe um traidor que, no entanto, não consegue realização de seus intentos.
O pregador é Buda e sua história também tem outras analogias com a de Jesus, conforme descreve Holger, e com algumas práticas bem próximas a uma das principais seitas do Cristianismo, o Catolicismo Romano.
Existem relatos, de que pelo menos quatorze dos redentores que se sacrificaram pela humanidade, tiveram história semelhante a de Jesus, desde a anunciação e nascimento virgíneo, até à morte sacrifical, com ressurreição e ascensão aos céus.
Destas citações compreendem-se paralelismos religiosos, justificando a tese de um único tronco formador religioso, mais ou menos comum a todas as civilizações - povos e raças, entendendo ser lógico que, diante de tantas coincidências, é provado a não originalidade das religiões cristã e judaica, ficando até mesmo a verdade de que Jesus, longe de ser histórico, foi apenas o símbolo do Cristo ideal.
Um estudioso de religiões, independente e sem sectarismo, pode perceber as notáveis semelhanças entre católicos e budistas, quanto aos cerimoniais com uso de velas, incensos, rosários, água benta, imagens de santos, sinal da cruz, instituições próprias para formações de iniciados, indumentárias sacerdotais, determinação celibatária, os dias especiais de santos, jejuns, penitências entre outros detalhes não menos importantes.
São também impressionantes as semelhanças vistas entre o Mitraísmo e o Cristianismo, em especial a seita Católica Apostólica Romana, que vão desde o batismo à santa ceia, passando por tantas outras coincidências, que tais não podem ser vistas como meros pontos acidentais.
O Mitraísmo, considerado uma religião salvacionista e de mistérios, empolgava as massas entre os séculos I a III, e não fosse o Cristianismo ser adotado, em seu lugar, como religião oficial do Estado pelo Império Romano, o mundo seria Mitraísta conforme bem colocado por Challaye.
O fanatismo católico dos primeiros tempos arrasou os seguidores de Mitra, no século V, não sem antes absorver deles doutrinas e ritos. Eram duas religiões extremamente iguais, para conviverem juntas (Challaye, op.cit).
Para justificar tantas coincidências de mitos - lendas e panteões religiosos entre povos diversos e distantes, alguns estudiosos determinam que, em algum lugar do passado histórico humano, houve alguma civilização adiantadíssima, em relação às demais, a ponto de influenciar de maneira significativa àquelas outras culturas.
Mas, alguns requisitos básicos tornam-se necessários para tais acontecimentos: a civilização dominante deveria estar num estágio evolutivo desproporcional, em relação às demais; ter-se desenvolvido com elementos mais próprios possíveis; apresentar avanços tecnológicos; ter estabelecido contatos ou domínios mais ou menos longos com os influenciados; e sua obra ter sido de caráter quase que universal - estabelecimento de colônias distantes, mas sempre assistidas, em partes distintas do globo, alem de fazer de seus primeiros discípulos, pregoeiros das boas novas ensejadas.
Especialistas há que exigem que a própria derrocada do império dominador tenha sido, senão catastrófica, pelo menos violenta, para que os relatos dos sobreviventes ou testemunhas tivessem deixado marcas profundas nas mitologias e lendas, bem como nas consciências dos povos submetidos ou aliados.
Estabelecidos os pontos, voltamos às grandes civilizações do passado, das quais sem dúvidas destacou-se a sumeriana como a primeira e mais importante delas.
-o-

Nenhum comentário:

Postar um comentário